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Agência de Jornalismo das periferias

Conheça o terreiro de candomblé que é patrimônio imaterial da quebrada

Com 75 anos de existência, centro é o primeiro terreiro tombado de São Paulo e se tornou referência nas religiões de matriz africana no estado

Publicado em 12.08.2025 | 17:11 | Alterado em 12.08.2025 | 17:11

Em uma parede do barracão do Axé Ilê Obá, no Jabaquara, na zona sul de São Paulo, há uma imagem de Jesus Cristo – ou Oxalá, pelo sincretismo religioso. Uma das marcas da fundação do terreiro ainda em 1950, que na época usava o nome fantasia de Centro Espírita Beneficente Pai Jerônimo.

“[Faziamos isso] pela proibição do candomblé no Brasil e pela ditadura militar, que perseguia pessoas. Foi a forma que pai Caio de Xangô [fundador da Casa] achou de se manter vivo e poder cultuar exatamente a sua essência”, conta mãe Paula de Iansã, terceira geração de Ialorixá do terreiro.

Do Brás, no centro de São Paulo, para a periferia da zona sul da capital. O distrito conhecido por ter sido um quilombo de passagem acabou se tornando local ideal para que pai Caio pudesse enfim ‘batizar’ o terreiro com o nome que idealizou, adotar a coroa símbolo de xangô no ariaxé e desmistificar o culto aos orixás.

Depois de sua morte, sua sobrinha, mãe Sylvia de Oxalá, assumiu a gestão. Com muita luta, conquistou o tombamento do terreiro como patrimônio imaterial pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico de São Paulo. Hoje, a casa recebe cerca de 400 consulentes mensalmente entre festividades, cultos aos orixás e consultas de búzios.

Quem conta essa história de perseguição religiosa, resistência e memória ancestral é a mãe Paula de Iansã, sobrinha neta de pai Caio, filha de mãe Sylvia, e Ialorixá do terreiro há 11 anos. Qual a importância do Axé Ilê Obá para o território do Jabaquara? Confira no vídeo.

Jacqueline Maria da Silva

Jornalista, vencedora de prêmios de jornalismo como MOL, SEBRAE, SIP. Gosta de falar sobre temas diversos e acredita do jornalismo como ferramenta para tornar o planeta melhor.

Léu Britto

Fotojornalista e videomaker. Transitar pelos becos e vielas do mundo amando cada um do seu jeito e maneira de viver. Cofundador do DiCampana Foto Coletivo. Correspondente do Jardim Monte Azul desde 2010.

Rômulo Cabrera

Formado em Jornalismo. Operário do texto, apresentei o podcast Próxima Parada da Agência Mural. Por aqui corto e colo vídeos, e rabisco roteiros duvidosos. Sommelier de tubaína e pedalador de magrelas em rodovias. Correspondente de Suzano desde 2018.

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