Confira o perfil das novas gestões municipais
Janeiro de 2025 e os novos prefeitos já assumiram seus cargos e estão iniciando seus mandatos. Mas será que todo mundo se sente representado por eles?
Um levantamento da Agência Mural, com dados do Tribunal Superior Eleitoral, mostra que nem sempre.
Dentre os 39 prefeitos eleitos na região metropolitana de São Paulo, apenas 7 são negros (pardos) - só 17% do total. Nenhum se autodeclara indigena ou quilombola.
Quando o assunto é representatividade de gênero, apenas três cidades elegeram mulheres prefeitas: Ferraz de Vasconcelos, Franco da Rocha e Mogi das Cruzes. Nenhuma delas é negra.
Sobre as juventudes nos executivos municipais, somente Cajamar elegeu um prefeito com até 24 anos. Nenhum candidato se autodeclarou LGBTQIAPN+ ou pessoa com deficiência (PCD).
Não é possível saber quem dentre os 39 eleitos nasceu ou viveu nas periferias, já que esta informação não é um item declaratório no registro dos candidatos.
Mas por que tudo isso é importante para as quebradas? Analistas políticos chamam a atenção para o quanto as prefeituras da Grande São Paulo ainda são representadas por uma maioria de homens brancos, de meia idade, cisgêneros e heterossexuais. Um cenário diferente da maioria da população das periferias.
Segundo especialistas ouvidos pela Mural, a diversidade é fundamental no poder público, sobretudo entre prefeitos. São eles que sancionam e executam as leis municipais para toda população, incluindo a jovens, periféricos e minorias sociais.
Quanto mais diversidade, maior a fatia da sociedade representada na política!
Texto: Artur Ferreira Jacqueline Maria da Silva, Paulo Talarico Edição: Sarah Fernandes Imagens: Carlos Pires, Léu Britto, Suzana Leite Arte e montagem: Magno Borges