Nascida em 1988 e criada no Jardim Souza, na região do Jardim São Luís, zona sul de SP, Luz Ribeiro é uma artista que passeia pelo universo da escrita como poeta, escritora e slammer
O primeiro contato com os saraus foi em 2012 quando começou a frequentar a Cooperifa, mas a relação com a poesia (ainda que nem soubesse que era uma poeta) já vinha desde a adolescência
Uma de suas poesias mais conhecidas, "Menimelímetros", surgiu de experiências pré-saraus, quando trabalhava com adolescentes em conflito com a lei
O slam surgiu na vida dela por adorar competir. E ela mandou muito bem! Foi a primeira mulher campeã do Slam BR em 2016 e a primeira brasileira na Copa do Mundo de Poesia no ano seguinte
Em 2013, Luz publicou o primeiro livro: "Eterno Contínuo". Depois lançou o "Espanca-Estanca" (2017) e "Novembro" (2020), além de ter textos publicados em antologias poéticas
"Vi uma estatística de que poucas mulheres publicavam no Brasil e que, desse número, as mulheres negras não passavam de 3%. Então, eu comemoro as estatísticas que eu rompo, que eu ultrapasso"
Em entrevista ao Próxima Parada, Luz contou que seu próximo livro terá uma temática infanto-juvenil, fruto da experiência materna. A artista é mãe do Ben, hoje com três anos
“Coitada de quem se debruçou nos meus textos antes da chegada do Ben, porque só agora eu sou uma poeta boa de verdade”
Também é possível sentir essa influência da maternidade em "Eu, que só sei abrir janelas". Nele, Luz resgata memórias da infância e compartilha momentos com o Ben
Bota aí na conta da Luz também a idealização do Slam das Minas, a participação na série "Bravos", da TV Brasil, e trabalhos como narradora
Reportagem: Gabriela Carvalho
Adaptação do texto: Cleberson Santos
Edição: Tamiris Gomes
Arte e montagem: Matheus Pigozzi