“Esses dias tinha um moleque na quebrada com uma arma de quase 400 páginas na mão.”
Nascido em Ladainha (MG) em 1964, Sérgio Vaz mudou-se para a zona sul de São Paulo ainda criança. Foi ali, no Jardim Guarujá, que ele conheceu a literatura e organizou o famoso Sarau da Cooperifa.
"Eu trocaria o direito de escrever para ver um país melhor. Menos violência, mais conhecimento, ciência, cultura e lazer. Sem genocídio, sem mortes violentas. Eu trocaria tudo, não escreveria mais."
A Cooperifa completou 20 anos em 2021. Em 2003, o sarau mudou-se para o Bar do Zé Batidão. Antes da pandemia, o local recebia cerca de 400 pessoas, entre poetas e ouvintes, nas noites de terça-feira.
Além das poesias recitadas nos saraus, Sérgio Vaz também tem três livros publicados: "Flores de Alvenaria", "Colecionador de Pedras" e "Literatura, Pão e Poesia".
Para Vaz, o diferencial da poesia produzida nas periferias está na necessidade de contar a nossa versão da história repleta de injustiças e desigualdade.
"Não tá na hora de curtir, pagar de escritor e se deleitar na fama, ainda tem luta, tem gente que depende da nossa luta."
Para saber mais sobre o trampo do poeta, confira um papo com o Sérgio Vaz no Próxima Parada, podcast diário da Agência Mural.
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Reportagem: Ana Beatriz Felício, Gabriela Carvalho e Rômulo Cabrera