Os pagamentos seguem até o fim do ano; por enquanto, só há calendário para quem já recebia o Bolsa Família
Bruna Nascimento/Agência Mural
Por: Lucas Veloso
Notícia
Publicado em 22.09.2020 | 17:02 | Alterado em 27.10.2020 | 14:20
Após cinco meses da criação do auxílio emergencial de R$ 600, por conta do impacto da Covid-19, o governo federal prorrogou o pagamento por mais quatro meses. Contudo, as novas parcelas, chamadas de auxílio emergencial residual, serão de R$ 300 – metade do valor das anteriores.
O recebimento dessas parcelas só vale para quem teve o benefício de R$ 600 aprovado. O pagamento vai até dezembro, independente do número de parcelas que a pessoa receber até lá.
Nesse formato, quem recebeu a última parcela de R$ 600 em agosto, terá quatro meses desse auxílio residual (setembro, outubro, novembro e dezembro). Mas quem receber a última em novembro, receberá apenas mais uma de R$ 300 referente a dezembro. Alguns demoraram até três meses para conseguir sacar a última parcela.
CALENDÁRIO DA PRIMEIRA PARCELA DOS R$ 300 (cadastrados no Bolsa Família)
Segundo informações do banco, mais de 12,6 milhões de famílias cadastradas no programa foram consideradas aptas ao benefício. No total, a Caixa disponibilizará R$ 4,3 bilhões para mais de 16,3 milhões de pessoas.
Outros cerca de 3,6 milhões de beneficiários do auxílio emergencial, nascidos em fevereiro, também podem sacar ou transferir os recursos da poupança social digital (o aplicativo Caixa Tem). Nestas situações, o auxílio é pago de acordo com calendários de crédito em poupança social digital e de liberação para saques e transferências, considerando o mês de nascimento.
QUANTIDADE DE PARCELAS DEFINIDAS:
NOVAS REGRAS
As novas parcelas de R$ 300 serão pagas somente aos trabalhadores aprovados para receber o auxílio de R$ 600. Não há possibilidade de novas inscrições. Além disso, o governo disse que vai reavaliar os beneficiários durante os próximos meses.
Dependentes de pessoas que tenham declarado Imposto de Renda e tenham recebido mais de R$ 28.559,70 em rendimentos tributáveis no ano passado ou quem conseguiu emprego formal podem ser excluídos do benefício. Quem recebe o Bolsa Família tem um cronograma divulgado pelo governo.
HISTÓRICO
Desde o começo da pandemia, a Agência Mural ouviu moradores que enfrentam problemas para conseguir direito ao auxílio, criado por conta da pandemia da Covid-19. Com a necessidade do isolamento social, moradores perderam renda e têm enfrentado dificuldades.
Mesmo com o valor de R$ 600, moradores das periferias não conseguiam com o valor pagar as contas e pôr comida na mesa. A alta nos preços de alimentos recentemente dificultou ainda mais esse cenário.
Entre as pessoas que se cadastraram, a demora para passar pela fase de análise foi um dos obstáculos, além de não conseguir completar o cadastro do Caixa Tem. Por conta disso, muitos recorreram às filas do banco para conseguir o benefício, mesmo sem o código do aplicativo.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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