Faixa de moto, tarifa zero, corredores: confira as propostas dos candidatos à prefeitura para a mobilidade de São Paulo
Léu Britto/Agência Mural
Por: Matheus Oliveira
Notícia
Publicado em 27.09.2024 | 10:15 | Alterado em 27.09.2024 | 10:15
O transporte é um ponto central em São Paulo, em especial para quem vive nas periferias da cidade. Moradores da capital levam cerca de 2h30 no trânsito por dia, segundo dados deste ano da Rede Nossa São Paulo. Nesse cenário, o que os candidatos prometem?
Para conferir se os projetos eleitorais apresentados na campanha deste ano estão alinhados com a realidade, a Agência Mural analisou e elencou as propostas dos candidatos à prefeitura de São Paulo para a eleição do próximo dia 6 de outubro. Planos apresentados em entrevistas e debates estão fora do levantamento.
Como já apontado, as periferias estão menos presentes nos planos dos candidatos desta eleição. O mesmo se aplica no quesito mobilidade. Quando procuradas as palavras ‘periferia’ e ‘periferias’ nos planos de governo dos dez proponentes a prefeitura de São Paulo, apenas Altino Prazeres (PSTU) cita essas áreas na proposta de ampliar a rede de bicicletários nas periferias da cidade.
No quesito propostas, as mais citadas são a descarbonização da frota de ônibus, ou seja, trocar o combustível diesel por outras fontes de energia menos poluentes, a ampliação das ciclovias e ciclofaixas pela cidade.
Em paralelo, planos como aumento das faixas exclusivas de motos e ampliação da Tarifa Zero para o transporte público municipal também foram apresentadas.
Algumas propostas fogem da capacidade da prefeitura, pois lidam com aplicações do governo do estado ou federal. É o caso da construção de estações de trens e metrôs no município e obras do Rodoanel.
Pontos como a Aquatico-SP, barcos em operação na região do Grajaú e a Pedreira, na zona sul de São Paulo; e os corredores de ônibus, como o corredor Itaquera-Líder, na zona leste, foram citados. Os candidatos não detalham como seguiram com as propostas de mobilidade, prazos ou lista de prioridades.
A estatização do sistema de transporte, que em outras palavras é que a prefeitura retome a operação das linhas de ônibus e os veículos das empresas, está entre as propostas apresentadas por alguns dos concorrentes à prefeitura.
Outro ponto do transporte público destacado nos planos é a revisão dos valores pagos às empresas de ônibus. De acordo com apuração do G1, a prefeitura pagou R$ 5,3 bilhões em subsídios às empresas de ônibus entre janeiro e novembro de 2023.
Por outro lado, o público de transporte da capital perdeu 30% dos passageiros nos últimos 10 anos, segundo dados do pesquisador Daniel Santini, baseados em informações da prefeitura de São Paulo e publicados pela Agência Brasil.
Alguns candidatos deram preferência ao transporte individual. O que pesa para essa opção é a atual frota de 6,2 milhões de veículos na cidade, segundo dados de 2023 do Ministério dos Transportes.
Jornalista, educomunicador e correspondente de São Mateus desde 2017. Amante de histórias e de gente. Olhar sempre voltado para o horizonte, afinal, o sol nasce à leste.
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