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Apenas quatro subprefeituras recebem os serviços das Casas de Mediação

Por: Redação

De acordo com a meta 42 do Plano de Metas, elaborado pelo prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), as Casas de Mediação devem ser transferidas das 31 inspetorias regionais da Guarda Civil Metropolitana para as praças de atendimento das subprefeituras, garantindo assim um melhor acesso da população ao serviço oferecido. Porém, faltando pouco mais de um mês para o fim da atual gestão, apenas as Subprefeituras de Perus, São Miguel e Butantã receberam os serviços prometidos. O custo previsto para a conclusão da meta é de R$ 380.886.

A Casa de Mediação é um serviço que visa estimular as pessoas em situação de conflito a buscarem uma solução pacífica para seus desentendimentos. Ele é assistido por um mediador imparcial, especialmente treinado, que procura garantir que as pessoas possam participar ativamente do processo de resolução de seus próprios problemas por meio do diálogo.

Inaugurada em julho, a Casa de Mediação na Subprefeitura de Perus possui uma sala montada especialmente para buscar instituir uma cultura de paz, possibilitando que as pessoas possam, através do diálogo, chegar a um consenso em determinados desentendimentos cotidianos, como perturbação de sossego, brigas de vizinhos, queixas de barulhos, intolerâncias, entre outros tipos de conflitos. Além disso, o espaço tem como objetivo diminuir o número de encaminhamentos às Delegacias, Prontos-Socorros, Tribunais e a outros serviços públicos, contribuindo para que esses órgãos se concentrem em problemas prioritários.

Segundo a Secretaria Municipal de Segurança Urbana, o objetivo da mudança de local da Casa de Mediação, é estreitar a relação entre os cidadãos e os serviços públicos, dando maior acessibilidade e visibilidade ao programa, já que as subprefeituras são um espaço público de grande movimentação.

Número de Casos

Uma das Casas de Mediação que mais recebem demandas  na cidade está localizada na região de Guaianases, onde cerca de 40 solicitações são atendidas por mês. A maior incidência é por maus tratos a idosos. José Aparecido de Carvalho, 57, atua há 2 anos na Casa de Mediação. “Os casos são os mais variados e vão desde vizinhos que brigam, até filhos que usam o dinheiro dos pais para comprar drogas, por exemplo”, conta.

Segundo Marta Honorato de Oliveira, que também atua há 2 anos na Casa, o serviço não é importante apenas para as pessoas, mas também para os próprios policiais. “Aqui nós aprendemos o que é direitos humanos, além de termos aulas com juízes e psicólogos”.

Foto: Flickr

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