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Segurança e ‘valorização das quebradas’ motivam foliões a frequentarem blocos nas periferias

Por: Léu Britto e Rômulo Cabrera e Sarah Fernandes

Que os bairros centrais e nobres de São Paulo concentram os maiores e mais movimentados blocos de carnaval, isso não é exatamente uma novidade – afinal alguns deles atraem até artistas famosos no cenário nacional, como Alceu Valença e Baiana System. Porém, apesar da agitação, cada vez mais foliões das periferias preferem pular carnaval nos blocos das suas quebradas.

Mas por quê? Foi essa a pergunta que a Agência Mural fez pros fãs de carnaval.

“É difícil ter esse acesso dentro das quebradas. Muitas vezes a gente precisa se deslocar até o centro para ter esse divertimento. Quando estamos aqui vemos na rua os idosos e a garotada que sai do trampo e vem curtir um lazer”, diz o educador social Jefferson Almeida, 30, que é mestre de bateria no Bloco do Hercu, no Jardim Herculano, zona sul de São Paulo.

Neste ano, a capital paulista reunirá 579 blocos nas 32 subprefeituras. Nas periferias os destaques são para os distritos de Brasilândia, com 21 blocos, M’Boi Mirim, com 19, Santo Amaro, com 17, e São Miguel Paulista, com 11.

“As pessoas que estão no bloco são as pessoas que moram no bairro. Existe todo um cuidado que você não vê no centro, inclusive com as minas”, diz a professora Jéssica Campos, 24, do Jardim Herculano, zona sul.

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