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Casa Verde, um lugar de transição na zona norte da cidade

Por: Redação

Gabriela Antonini, 31, precisou de alguns segundos para elencar os diferentes lugares nos quais já morou em São Paulo. Da Vila Madalena, na zona oeste, onde nasceu e vivia na casa da patroa na qual sua mãe trabalhava, mudou-se, mais tarde, para um bairro zona sul. Passou por Cotia, na Grande São Paulo, até voltar novamente à capital paulista, mais especificamente pro distrito da Casa Verde/Cachoeirinha.

“Faz quatro anos que moro na Casa Verde. De todos os lugares nos quais morei aqui é o que gosto mais”, afirma a química. “Moro em um bairro que, para os Correios, é conhecida como Vila Baruel. Realmente tem muito ar de vila. Tudo que preciso tenho perto: mercados, bancos diversos. Alguns lugares com boa comida”, completa.

Além do distrito onde reside Gabriela e do vizinho que também dá nome à subprefeitura [Cachoeirnha], o trio é formado ainda pelo Limão. Juntos, os três acomodam 310 mil moradores. Quase metade da população se concentra no Cachoeirinha, 143 mil. Como o próprio nome já diz, o batismo à região se deve a uma antiga cachoeira existente naquelas redondezas, porém, que teve de ser soterrada para dar lugar à Avenida Inajar de Souza, uma das principais da zona norte.

O batismo ao Limão, onde vivem 80.229 mil pessoas, não foi diferente. A herança do nome veio da existência de limão bravo encontrado exatamente na divisa com a Freguesia do Ó, região habitada por antigos colonos. O Limão é ainda bairro de passagem para outros, como a Brasilândia, além de ser rota para algumas das principais vias da região, como: avenida Celestino Bourroul, avenida Deputado Emílio Carlos, avenida Antônio Munhoz Bonilha e avenida Clávasio Alves da Silva.

No entanto, para Gabriela, uma das grandes coisas boas da região é o acesso. Mas não à própria região norte. “O acesso é ótimo, mas para o centro. Eu acho meio difícil o deslocamento aqui na própria zona norte. É muito mais fácil ir para o centro, para a Vila Madalena”, garante.

Não diferente de outros distritos e subprefeituras da capital paulista, a região é marcada por alguns contrastes. O número de internações de mulheres de 20 a 59 anos por causas relacionadas a possíveis agressões reduziu em quase três vezes, 70 para 23.. Já as agressões a idosos diminuíram de 22 para 8. Também diminuíram os números de adolescentes grávidas, de mortes por atropelamento e no trânsito.

Neste ano, a Prefeitura inaugurou a Nova Praça Cruz da Esperança. Considerada uma antiga reivindicação dos moradores do bairro Casa Verde, ela foi atendida e a Praça Cruz da Esperança passou por revitalização.

Por lá, quem comanda a subprefeitura é Marcelino Atanes Neto, morador da região. Atanes Neto é técnico de contabilidade e advogado, e foi ainda ouvidor geral da Câmara Municipal antes de assumir em março deste ano o cargo de subprefeito de Casa Verde/Cachoeirinha.

Como parte do Programa de Metas (2013-2016), estão previstas até o fim do mandato do prefeito Fernando Haddad (PT), 29 metas. Entre elas, a número 20, que prevê a instalação de 32 unidades da Rede Hora Certa distribuídas em cada uma das subprefeituras, alcançando 108%, e a meta 23, que institui a recuperação e adequação de 16 hospitais e a ativação de 250 leitos.

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