O Procon-SP realiza desde segunda-feira (29) uma ação conjunta com as polícias do estado na fiscalização e apreensão de bebidas alcoólicas adulteradas ou contaminadas com metanol. Segundo informações dos jornais G1 e UOL, na Grande São Paulo já foram registradas cinco mortes de intoxicação por metanol. Os casos ocorreram na capital paulista e em São Bernardo do Campo, na região do ABC.
Em nota, o Procon-SP, juntamente com o DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania) e a Polícia Civil de São Paulo, confirma que está investigando bares, restaurantes, adegas, casas noturnas e supermercados em geral.
A instituição recomenda que os cidadãos estejam atentos a qualquer sinal de adulteração em bebidas, tanto em compras quanto nas consumidas em estabelecimentos.
O que é o metanol?
O metanol (CH₃OH), é uma substância utilizada na produção industrial, feita a partir de gás natural. O metanol é tóxico, inflamável e difícil de ser identificado. A substância é encontrada na natureza e até mesmo no corpo humano, em poucas quantidades, porém, quando concentrada é letal.
O metanol pode causar náusea, vômito, dor de cabeça, visão turva, cegueira permanente e outros danos ao cérebro, incluindo convulsões e coma, e pode levar à morte.
Dicas do Procon-SP
Procure estabelecimentos conhecidos ou dos quais tenha referência;
Desconfie de preços muito baixos – no mínimo podem indicar alguma falha, como sonegação e adulteração;
Observe a apresentação das embalagens e o aspecto do produto: lacre ou tampa tortos, rótulo desalinhado ou desgastado, erros de ortografia, logos com “variações”, ausência de informações como CNPJ, endereço do fabricante ou distribuidor, número do lote, e outra imperfeição perceptível;
Ao notar alguma diferença, não tente cheirar, provar ou queimar a bebida. Essas práticas não são seguras nem conclusivas;
Mais importante: fique atento a sintomas pós-consumo! Visão turva, dor de cabeça intensa, náusea, tontura ou rebaixamento do nível de consciência podem indicar intoxicação por metanol ou por bebida adulterada;
Busque atendimento médico imediato: se houver qualquer sintoma suspeito, o consumidor deve procurar urgência médica sem demora;
Comunique as autoridades competentes: Disque-Intoxicação (0800 722 6001, da Anvisa) para orientação clínica/tóxica; Vigilância Sanitária local (municipal ou estadual); Polícia (civil); ou Procon (órgão de defesa do consumidor);
Exija sempre a nota fiscal ou comprovação de origem: o documento precisa ter todas as informações de identificação do fornecedor e da compra, isso ajuda na rastreabilidade do produto e é uma garantia para o consumidor em eventual reclamação.

