Dados de fevereiro de 2020 do DataSUS, vinculado ao Ministério da Saúde, mostram que a cidade de São Paulo tem 1.221 leitos em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) pelo Sistema Único de Saúde. Esse tratamento é necessário para pacientes graves com Covid-19.
A distribuição, contudo, é desigual. Enquanto mais de 60% dos leitos em UTI para adultos estão concentrados em apenas três subprefeituras (Sé, Pinheiros e Vila Mariana), outras seis regionais não contam com nenhuma unidade pela rede pública de saúde.
São elas: Aricanduva/Formosa/Carrão (na zona leste), Campo Limpo e Cidade Ademar (zona sul), Lapa (zona oeste), e Jaçanã/Tremembé e Perus (zona norte).
Nessas regiões vivem cerca de 2,21 milhões de pessoas que, em casos mais graves de internação, precisam ser transferidas para outros distritos.
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Até o mês de fevereiro, a subprefeitura Parelheiros, no extremo sul do município, não tinha nenhum leito de UTI disponível. No dia 20 de março, o Hospital Municipal de Parelheiros recebeu 20 novos leitos de cuidados intensivos para o enfrentamento do novo coronavírus. Para o início de maio, mais 268 estão previstos.
INTERNAÇÕES POR CORONAVÍRUS
No estado de São Paulo, as internações de pacientes com a confirmação de Covid-19 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva cresceram 1.500% desde 20 de março, passando de 33 para 524, até o último dia 3. As informações são da Secretaria de Estado da Saúde.
O número de mortes pela doença no estado é de 496, além de 7.480 mil casos confirmados, conforme divulgou o Ministério da Saúde nesta quinta-feira (9). Dos 645 municípios paulistas, 121 já possuem casos do novo coronavírus.
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Na cidade de São Paulo, o sistema de saúde municipal já começou a “sentir a pressão” pelo avanço da doença no município, segundo afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB) durante coletiva realizada na segunda-feira (6).
“Apesar de todo o esforço para a criação de três mil leitos adicionais na cidade, praticamente 900 leitos de UTI e 2.100 leitos de baixa complexidade, nós já sentimos a pressão neste final de semana”, disse.
Seguindo a determinação do governo estadual, a Prefeitura de São Paulo prorrogou, na terça-feira, o período de quarentena na cidade até o dia 22 de abril.
Conforme projeção do Instituto Butantan e da Secretaria de Estado da Saúde, a prorrogação pode evitar 166 mil óbitos em todo o estado, além de 630 mil hospitalizações e 168 mil internações em UTIs.
HOSPITAIS DE CAMPANHA
A Prefeitura de São Paulo iniciou, no mês de março, a montagem dos dois mil leitos de baixa complexidade no estádio do Pacaembu e no Anhembi. Segundo Covas, a medida visa “desafogar os hospitais”. Também já foram ativados 1.524 novos leitos de UTI em hospitais estaduais, municipais e filantrópicos.
Responsável pelo levantamento da quantidade de leitos de UTI pelo DataSUS, a Rede Nossa São Paulo afirma que “a recente iniciativa da gestão municipal de ampliar o número de leitos por meio de hospitais de campanha é urgente e necessária”, mas “a desigualdade territorial segue acentuando as diferenças e tornando as populações ainda mais vulneráveis”.
No último dia 6, o Hospital Municipal de Campanha (HM Camp) do Pacaembu começou a atender pacientes diagnosticados com Covid-19 que são transferidos de Hospitais Municipais, Pronto Socorros e Unidades de Pronto Atendimento. No equipamento há 200 leitos de baixa e média complexidade; destes, oito leitos são de UTI.
Além disso, a prefeitura prevê entregar no dia 15 de abril o HM Camp do Anhembi e o governo do estado prepara a implantação de outro equipamento médico no Complexo Esportivo Ibirapuera, a ser inaugurado em 1º de maio.
Reivindicação antiga da população da zona norte, o Hospital Municipal da Brasilândia também deve ser inaugurado no próximo mês para tratar pacientes diagnosticados com a doença. A unidade terá 150 leitos de UTI e 30 leitos de transição exclusivos para o tratamento de pessoas com o novo coronavírus.
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https://32xsp.org.br/2020/03/09/como-e-o-atendimento-em-libras-na-rede-publica-de-saude-de-sao-paulo/