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O que crianças das periferias esperam das eleições 2018?

Agência ouviu crianças da zona leste (Léu Britto/Di Campana)

Por: Lucas Veloso

Limpar o banheiro da praça no bairro, aumentar o tamanho da escola para mais alunos conseguirem estudar, tirar os animais das ruas, parar com os estupros e que os pais deixem de bater nos filhos.

Estas são algumas propostas de crianças da zona leste de São Paulo ouvidas pela Agência Mural sobre o que esperam que mude com as eleições de 2018. A votação será neste domingo (7). Menores de 16 anos não  votam, mas as políticas públicas apresentadas pelos presidenciáveis e governadores têm relação direta com o futuro delas.

A noção desse impacto é sentida pelos pequenos, que apontam a falta de estudo, de comida e a violência como problemas. 

“A política são as pessoas que cuidam do país”, diz Emilly Candida Ferrarez, 8, moradora de Guaianases. Já Davi de Almeida, 5, faz planos, caso um dia seja parlamentar. Ele diz ver que os políticos não se preocupam com as crianças. “Eu ia mudar o parque, a praça, a quadra, a escola, mudaria os livros pra fazer atividade”, opina.

Mesmo dizendo que não sabe sabe explicar o que é política, Aiyra de Almeida, 9, pensa que os políticos deviam tirar a sujeira das praças, além de outra ações a favor das crianças que não estão no sistema público de ensino. “Devia mudar a escola, deixar maior para mais alunos entrarem. Dar casa para as crianças que moram nas ruas e dar comida para elas também”, resume.

Agência ouviu crianças da zona leste (DiCampana Foto Coletivo)

Manuela Caravante, 6, aluna do primeiro ano do ensino básico, acredita que no Brasil “deveria mudar a maldade e também que as pessoas não sejam obrigadas a abandonar cachorro na rua”.

Para Kemely Raquel, 9, moradora de São Mateus, a política é “votar em alguém”, e que no país deveria mudar “as pessoas que estupram, matam e roubam”. Com 10 anos, João Prado vê política como algo para melhorar o Brasil. “Acho que deveria mudar o estupro e também ajudar as crianças doentes e trazer as que estão na rua para dar comida”, acrescentou. 

A preocupação com a educação parece ser uma prioridade entre elas. Davi de Almeida, 5, diz ter várias coisas para mudar, como a quadra da escola em que estuda, a praça em frente de casa, além dos livros escolares. Para Gabriel Selefonte Silva, 9, os políticos se preocupam com as crianças e por isso deveriam “mudar as carteiras [da escola], que ficam riscadas de lápis e também dar caderno novo”.

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O QUE DIZEM OS PRESIDENCIÁVEIS

Nos planos de governo registrados pelos presidênciáveis, as crianças são citadas 88 vezes pelos 13 concorrentes ao comando do Palácio do Planalto.

Lucas Veloso é correspondente de Guaianases
lucasveloso@agenciamural.org.br

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