Parece que chegamos longe, mas ainda não acabou. Neste sábado (19), o Brasil chegou à trágica marca de 500 mil vidas perdidas por causa da Covid-19.
No mesmo dia, atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram registrados por todo Brasil e na Grande São Paulo.
Enquanto a expectativa pela vacinação aumenta com a antecipação das datas e a previsão de todos os adultos imunizados até setembro em São Paulo, a situação ainda é delicada.
Com a lotação dos hospitais e o atual número de perdas, a necessidade de medidas como o uso de máscaras seguem necessárias.
Do meio milhão de casos fatais da doença, a região metropolitana concentra quase 60 mil. Só na última semana, 1.347 pessoas não resistiram ao coronavírus nas 39 cidades da Grande São Paulo.
Os dados são entre 11 de junho e 17 de junho, mostra Panorama da Covid-19, página da Agência Mural que acompanha semanalmente os dados da pandemia.
Para se ter uma ideia, a semana em que houve menos vítimas desde o início da pandemia foi em 11 de dezembro, quando 145 pessoas morreram em uma semana. Desde então, as perdas chegaram a quase 3 mil em sete dias entre março e abril, quando foi decretada a fase emergencial do Plano SP.
As medidas reduziram o total, mas não permitiram uma estabilização. Os hospitais seguem com taxa de ocupação perto de 80%, sendo que por semanas não houve a redução da ocupação, mesmo com a entrega de novas vagas pela Prefeitura de São Paulo em maio.
MORTES NA GRANDE SP
Ao levar em conta cada cidade da região, os municípios de Guarulhos, Santo André, Osasco e São Bernardo do Campo tiveram mais vítimas, todos acima de 2.000. Os guarulhenses recentemente chegaram a ultrapassar 4.000 perdas.
Por outro lado, as cidades que tiveram mais perdas proporcionalmente, com destaque para São Caetano do Sul, Barueri e Arujá.
MORTES NA CAPITAL POR REGIÃO
Distritos das periferias da capital foram os que mais registraram mortes, caso de Sapopemba, Grajaú e Brasilândia. No mapa da cidade a taxa por 100 mil habitantes mostra que zona leste e zona norte tiveram bairros proporcionalmente mais afetados.
Sobre a vacinação, embora a expectativa seja de avanço e filas se formando em busca da xepa, a distribuição dos imunizantes ainda não decolou. Há cidades como Rio Grande da Serra onde apenas 16% da população tomou pelo menos uma dose da vacina.
Na capital, 34% da população recebeu a primeira dose, mas menos da metade voltaram para receber a segunda vacina.