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DVDs resistem em São Mateus na era dos streamings

Por: Rafaela Monteiro

“Numa época dessas, tu ainda tem DVD? Sim, qual o problema?”, questiona Rosângela Costa, 36, moradora do Jardim Santa Bárbara, no distrito de São Mateus, na zona leste de São Paulo. Ela costuma responder assim às pessoas que a questionam por ainda comprar DVDs.

Pois é, esse hábito não é só dela. Diversos moradores da região seguem colecionando DVDs, CDs e até pen drives piratas. Basta ir a uma feira livre para avistar uma barraca com compradores.

De acordo com um vendedor que pediu para não ter o nome revelado, há diversas razões para a clientela se manter fiel há mais de 15 anos.

“As pessoas gostam do sentimento de nostalgia, de tocar no produto e, com o tempo, a gente acaba virando amigo deles e eles continuam vindo. Sem contar que sai bem mais barato para quem ainda tem o aparelho que roda DVDs”, explicou, comparando com as assinaturas de serviços de streaming.

Venda de DVDs em feira de SP @Rafaela Monteiro/Agência Mural

Apesar disso, a venda desses produtos é ilegal. A punição para quem vende CDs e DVDs piratas é de detenção de 3 meses a 1 ano ou multa. No entanto, a necessidade de renda tem mantido esse setor ativo.

Entre os pedidos, os vendedores afirmam que gêneros de ação, os chamados “bang-bang”, e os clássicos do Mazzaropi estão em alta.

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