A eleição em Taboão da Serra, na Grande São Paulo, terá uma definição inédita este ano para definir quem será o novo prefeito. Pela primeira vez, o município terá um segundo turno, após votação equilibrada na primeira rodada de votação.
A definição em dois turnos ocorre em municípios onde há mais de 200 mil eleitores e em que nenhum candidato alcance mais de 50% dos votos válidos na primeira votação. A regra começou a valer nas votações de 2000. Desde então, todas as disputas na cidade tiveram um prefeito com mais da metade dos votos válidos.
Neste ano, porém, isso não se repetiu. Taboão viveu um embate equilibrado entre o candidato Engenheiro Daniel (PSDB) e o deputado estadual Aprigio (Podemos).
Daniel é apoiado pelo atual prefeito Fernando Fernandes (PSDB), que encerra o segundo mandato consecutivo e o quarto na história de Taboão. Com apoio da gestão, o Engenheiro Daniel recebeu 33,42% dos votos, contra 32% de Aprigio.
Aprigio foi eleito deputado estadual na última eleição e já disputou anteriormente a eleição municipal, mas nunca superou o grupo de Fernandes. A esposa dele, Luiza Aprigio, foi eleita vereadora.
Na terceira posição, Doutor Eduardo Nóbrega (MDB) teve 22% dos votos e Najara Costa (PSOL) 6%. O município teve nove candidatos.
Curiosamente, Taboão da Serra correu risco de ter reduzido em quase 50 mil o número de eleitores, o que impediria duas votações. O motivo é que muitos eleitores não fizeram a biometria obrigatória no ano passado.
No entanto, com a pandemia de Covid-19, a Justiça Eleitoral decidiu cancelar a obrigatoriedade para o município.
Na Grande São Paulo, há 13 cidades com possibilidade de duas rodadas, mas Barueri, Carapicuíba, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo e Suzano elegeram seus prefeito neste domingo (15).
Ainda terão disputa, além de Mogi e Taboão, as cidades de Diadema, Guarulhos, Mauá e São Paulo.