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Falta de tempo desestimula adoções de cães, afirma Zoonoses de SP

Por: Redação

Cadelinha Nala, adotada em 2013 na Divisão de Vigilância em Zoonoses (Arquivo pessoal)

Em 2018, a Divisão de Vigilância em Zoonoses (DVZ), em Santana, na zona norte de São Paulo, conseguiu lar para 26 cães e 106 gatos. O órgão, que é uma referência em adoção de animais na capital, afirma, porém, que esse número vem diminuindo.

Ao todo, 241 cães e 401 gatos entraram em processo de adoção em 2017. No ano anterior, o número de animais adotados foi superior, totalizando 421 cães e 700 gatos com novos lares. Apesar da redução significativa entre 2017 e 2016, o pior índice nos últimos três anos refere-se ao primeiro trimestre de 2018.

“A DVZ dispõe atualmente de 33 gatos e 148 cães para adoção. Os números de animais adotados tendem a ser estáveis, mas, continuamente, a adoção é estimulada”, comenta o órgão por meio de sua assessoria de imprensa. Em média, ocorrem três feiras de adoção ao ano, porém, o Centro Municipal de Adoção de Cães e Gatos fica aberto de segunda a sábado.

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O gato Abóbora é um dos felinos que estão à espera de novos donos. “Macho, adulto e dócil”, diz seu anúncio no site do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ). A foto da cadela Carambola, também adulta e dócil, é acompanhada da mensagem: “Gostou de mim? Vem me conhecer no CCZ”.

De acordo com a Divisão, a grande maioria dos cães disponíveis hoje para adoção tem idade estimada em mais de seis anos e é de porte grande. “A maior procura, porém, é por filhotes ou adultos jovens de menor porte”, conta.

Há cinco anos, após assistir a uma reportagem pela TV que mostrava uma feira de adoção de cães e gatos promovida pelo órgão, a funcionária pública Selma Maria, 46, decidiu adotar Nala, uma cadelinha vira-lata de pelagem bege. “Moro na zona norte e, por diversas vezes, ficava sabendo a respeito dos animais deixados na Zoonoses. Todo o processo foi tranquilo – fiz entrevista com uma profissional de lá para saber se estava apta, fui aprovada e já trouxe a Nala comigo”, diz.

Apaixonada por gatos, Letícia Matos, 22, atravessou a cidade para adotar duas gatas. “Em 2015, adotei a Mel e a Maju. O atendimento na Zoonoses foi rápido. Levei meu RG, comprovante de residência para o cadastro e caixas para o transporte. Já trouxe elas comigo, e cada uma com seu documento”, conta ela, que mora em Pirituba, na zona noroeste de São Paulo.

Nos últimos três anos, a procura por adoção de gatos aumentou relativamente, quando comparada à adoção de cães. “Isto é condizente com os relatos da procura dos animais pelos interessados vivendo em uma grande metrópole, onde há uma predominância de apartamentos em relação a casas e as pessoas têm cada vez menos tempo para dedicar aos animais de companhia”, comenta a DVZ.

Para o órgão, a maior independência dos gatos, a ausência da necessidade de passeios e a pouca variação no porte da espécie também podem explicar a preferência pelos felinos.

SERVIÇO:

Endereço: CCZ – Rua Santa Eulália, 86 – Santana.
Funcionamento: Segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, e aos sábados, das 9h às 15h, exceto feriados.
Documentos necessários: CPF, RG, comprovante de residência e taxa municipal referente à adoção no valor de R$ 23,00 (dinheiro).
Recomendações: Levar uma caixa de transporte própria para animais (para adoção de gatos), ou de coleira e guia (para adoção de cães).

Animais de grande porte, como cavalos, mulas e porcos, também estão disponíveis para adoção. O processo é feito por meio da Associação Paulista de Auxílio aos Animais (APAA). Telefones: 3397-8900 / 3397-8992.

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