A Agência Mural participou entre os dias 6 e 8 de junho do Festival 3i, promovido pela Associação de Jornalismo Digital (Ajor), no Rio de Janeiro. O evento reuniu mais de 120 palestrantes para debater os rumos do jornalismo digital no Brasil e no mundo.
Representaram a Mural os diretores Anderson Meneses (Negócios e Tecnologia), Cíntia Gomes (Institucional e Diversidade) e Paulo Talarico (Treinamento e Dados), que participaram de discussões importantes sobre temas como inovação, diversidade e formação jornalística nas periferias.
No primeiro dia de programação, Anderson Meneses apresentou uma ferramenta de inteligência artificial que alerta moradores das periferias da Grande São Paulo sobre dados climáticos locais. E no segundo dia, no “Dados e Tendências”, compartilhou os bastidores do livro “Tijolo por Tijolo”, que narra a mobilização de apoio à Mural e reúne experiências de outras organizações jornalísticas do Brasil e da Colômbia.
“O mais rico do Festival 3i é a troca nos bastidores, conversando com quem está fazendo esse novo jornalismo em que a gente acredita. Um jornalismo que empodera, que constrói novas narrativas e trata os moradores das periferias de forma digna”, afirma Anderson.
Anderson apresenta novo projeto da Mural @Agência Mural
Na tarde de sábado (7), Cíntia Gomes, que agora é a nova Conselheira da Ajor, participou do Diálogo e Tendências sobre “Equidade racial e de gênero nas redações é possível?”, ao lado de Marília Moreira, diretora institucional do Instituto AzMina. O encontro trouxe reflexões sobre como construir ambientes jornalísticos mais inclusivos e representativos.
“Falei sobre como a diversidade nas redações precisa refletir também no conteúdo. Não basta contratar profissionais diversos, é preciso garantir que suas visões estejam presentes nas reportagens, vídeos e nas decisões editoriais”, reforçou Cíntia.
Cíntia Gomes defende um jornalismo diverso e inclusivo @Vic Santos
Em seguida, Paulo Talarico esteve presente na mesa “Escolas de jornalismo nas periferias antes e agora”, ao lado de Aline Rodrigues (Periferia e Movimento), Mara Rovida e Raimundo Quilombo. O grupo debateu os desafios das formações jornalísticas periféricas ao longo dos anos e como elas se adaptam às mudanças tecnológicas e sociais.
“Discutimos como essas iniciativas impactam o jornalismo de forma mais plural e conectada com as realidades locais. É fundamental levar o jornalismo para as quebradas, para que essas vivências sejam representadas de forma justa”, disse Paulo.
Paula ressalta a importância das escolas de jornalismo nas periferias @Agência Mural
Além das participações nas mesas e debates, a Mural também teve motivo para celebrar: a reportagem “Queimando o aprendizado: ondas de calor dificultam a vida de alunos nas periferias de São Paulo” foi finalista na categoria “Melhor Cobertura Socioambiental Local” do Prêmio de Jornalismo Digital Socioambiental, realizado pela Ajor em parceria com a Embaixada Britânica no Brasil.
Nossa correspondente Kethilyn Mieza representa a Mural no Prêmio de Jornalismo Socioambiental @Gabi Falcão
Depois de três dias de imersão, a Mural volta para casa com a bagagem cheia de novas conexões, aprendizados e ideias para continuar fortalecendo o jornalismo local.

