Meninos e meninas segurando, por horas, um fio de linha com olhar fixo para cima. A cena se repete diariamente em São Paulo, onde o céu é cortado por papagaios dos mais diversos tamanhos e cores.
Apesar de muita discussão sobre o assunto, especialmente a respeito do uso de cerol e os perigos de brincar próximo aos fios de eletricidade, é inegável que a brincadeira nunca deixou de ser rotina para pessoas de diferentes faixas etárias pelas periferias da Grande São Paulo.
O que é brincadeira no céu, também vira comércio em solo firme. Não é difícil encontrar lojas repletas de materiais para confecção, ou até mesmo inúmeros modelos de pipas já prontas para venda.
“É uma alternativa para essas crianças porque as pipas fazem com que elas saiam do ambiente de televisão, internet e celular que elas têm em casa”, é a explicação que Denise Cardoso, 46, dá para o fato de manter a loja de nome ‘Nas Alturas’ por 17 anos, em Suzano, na Grande São Paulo.
A Agência Mural acompanhou de perto a cultura de pipa para registrar em fotos os momentos que fazem parte, até hoje, da vida de crianças e adolescentes e até mesmo adultos nas periferias de São Paulo.
Organização: Paula Rodrigues/Agência Mural
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