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Lotação de hospitais por causa da Covid-19 não diminui há um mês na Grande SP

Região do Hospital Regional Sul; medidas de isolamento buscam evitar lotação em equipamentos de saúde por causa da Covid-19

Por: Paulo Talarico

Após a ocupação quase completa das vagas de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para Covid-19 em março, a sensação de que a  pandemia superou o pior momento se intensificou. No entanto, desde o começo de maio, as vagas nos hospitais da Grande São Paulo não tiveram melhora na lotação. 

Em 25 de abril, de cada dez leitos, apenas dois estavam livres para receber novos pacientes. Um mês depois, em 27 de maio, a taxa é praticamente a mesma. Atualmente, 78% das camas para tratar os pacientes mais graves com coronavírus estão ocupados. 

Os dados estão no Panorama da Covid-19, da Agência Mural, que semanalmente atualiza os números disponíveis sobre a doença nas periferias e nas cidades da região metropolitana.

Com as poucas vagas disponíveis, manter cuidados como lavar as mãos, usar as máscaras e evitar aglomerações segue sendo necessário.

A situação vai contra o momento em que a reabertura foi ampliada e com o número de casos e mortes longe da menor quantidade registrada no passado. Em outubro de 2020, houve uma semana com cerca de 300 perdas. Na semana passada foram 1.300 e em março superou 3.000 em sete dias nas 39 cidades da região. 

Enquanto o Brasil ultrapassou os 450 mil mortos, a região metropolitana da capital chegou a 55 mil vítimas. Nos cinco meses deste ano morreram mais moradores por conta da Covid-19 do que todos os de 2020.


Apesar da falta de melhora e com mais especialistas alertando sobre a possibilidade de uma nova alta de mortes, a Secretaria de Estado da Saúde evitou se pronunciar sobre a situação das vagas nos hospitais e se há preocupação com relação aos leitos para cuidar dos pacientes.

Atualmente, o estado está na chamada fase de transição do Plano SP, que prevê o funcionamento das atividades econômicas até as 21h e permissão de 40% de ocupação nos estabelecimentos. Na prática, porém, boa parte da rotina foi retomada nas ruas dos bairros mesmo com a alta em perdas. 

Na Grande São Paulo, cinco cidades passaram das 2 mil mortes: Osasco chegou a 2.012 mortes, marca que já havia sido ultrapassada por Santo André, Guarulhos e São Bernardo do Campo. 

Enquanto isso, a vacinação contra a Covid-19 ainda caminha de forma lenta e desigual. O município com mais imunizados é São Caetano do Sul, onde 34% dos moradores receberam ao menos a primeira dose. Na contramão, Itapevi, Jandira e Itaquaquecetuba não tiveram nem 14% de vacinados até aqui. 

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