Quase a metade dos paulistanos avalia negativamente a preservação e manutenção de praças na cidade de São Paulo. É o que mostra os resultados da pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope.
O estudo apresentado nesta quarta-feira (13) entrevistou 800 pessoas espalhadas pela cidade. A amostra total de pessoas por região é de 4% no centro, 10% na região oeste, 20% na norte, e as regiões sul e leste aparecem com o maior percentual de entrevistados, com 32% e 35% respectivamente.
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De acordo com o levantamento, quanto maior a idade e a escolaridade das pessoas, maior é o nível de críticas em relação à preservação das praças. Apenas 11% das pessoas entrevistadas consideram a atual situação dos espaços ótima, enquanto 48% consideram ruim ou péssima.
A região com maior índice de crítica é a zona oeste, com 52% dos entrevistados considerando as praças da região ruins ou péssimas. Seguida da zona norte, com 51%. As demais regiões apresentaram índices próximos, sendo 48% na zona sul, 45% na leste e 46% na região central.
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Durante os últimos anos, a equipe do 32xSP conversou com alguns moradores que realizaram, por conta própria, trabalhos para recuperar as praças de seus bairros. As maiores críticas estavam na falta de segurança, de iluminação e de manutenção.
Em Pinheiros, na zona oeste, insatisfeitos com a má estrutura da Praça Horácio Sabino, a associação de moradores do local, angariou mais de R$ 1 milhão, por meio de um fundo de investimento de moradores, para a reforma do espaço.
Além dos bancos, piso liso e da grama nova, dois playgrounds para crianças, rampas acessíveis e iluminação também foram trocados ou reformados.
“Moro aqui desde que nasci. A praça sempre foi legal. Sempre teve uma frequência legal de pessoas. Mas é claro que depois da reforma ficou mais bonitinha, bem melhor”, destaca Lima Sergio Lima, 32, comprador de suplementos hospitalares. “Não era abandonada. Mas não era tão bem cuidada como está agora. Agora é cuidar para manter”, ressalta.
“A falta de um banheiro químico, de bancos e de lixeiras são alguns dos problemas que limitam a permanência de muitos moradores no espaço”, afirma o artista plástico Ricardo Cardoso, 54. Além disso, no entorno da praça não há nenhum comércio, o que complica ainda mais a situação.
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