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Moradores da Vila Mariana pedem ampliação da rede de atendimento de saúde

O encontro aconteceu no Colégio Santa Amália.

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Por: Redação

Publicado em 18.04.2017 | 20:00 | Alterado em 18.04.2017 | 20:00

Tempo de leitura: 3 min(s)

A audiência pública regional da Vila Mariana sobre o Plano de Metas (2017-2020) da gestão Doria, reuniu no dia 8 de abril cerca de 80 pessoas, que apresentaram reivindicações de melhorias para a região. O encontro aconteceu no Colégio Santa Amália, próximo ao metrô Saúde, e entre os presentes estavam o prefeito regional, Benedito Mascarenhas, o secretário de Justiça Municipal de São Paulo, Anderson Pomini, moradores, alunos do curso de gestão ambiental da USP Leste, e representantes dos conselhos e associações dos distritos atendidos pela regional da Vila Mariana (Moema, Saúde e Vila Mariana).

O secretário explicou que o Plano traz indicadores e a regionalização, devido às necessidades distintas de cada território, e utiliza os princípios dos direitos humanos, acessibilidade e sustentabilidade sob cinco eixos temáticos principais: Econômico e Gestão, Urbano e Meio Ambiente, Social, e Humano e Institucional. “Não dá para tratar de forma igualitária os problemas da Vila Mariana e os do Itaim Paulista. As necessidades são diferentes e por isso é necessário que cada regional faça o levantamento de suas necessidades”, orientou. Após a apresentação, os participantes se inscreveram para falar e cada um teve três minutos para apresentar sugestões.

Leia as reportagens do Especial Plano de Metas 2017-2020

Com uma lista de prioridades, os representantes do Conselho Gestor da Saúde da Vila Mariana, elencaram as necessidades mais urgentes para um melhor atendimento aos moradores da região. Entre as solicitações estavam a implantação de uma UBS (Unidade Básica Saúde) nos bairros da Vila Mariana e Saúde, pois a que existe na região não supre as necessidades da população; a mudança da UBS Parque Imperial para outro imóvel, com acessibilidade adequada e melhores condições de trabalho nesse serviço; reformas das clínicas odontológicas municipais; e integração dos pedidos de exames laboratoriais aos hospitais e postos de saúde, pois quando um paciente vai fazer um exame com um pedido do hospital, ele precisa agendar uma consulta médica, que leva mais de um mês apenas para trocar o pedido no modelo do posto. De acordo com o Observatório Cidadão, a Vila Mariana tem quatro UBSs e é a prefeitura regional com menos equipamento desse tipo por dez mil habitantes na cidade.

A moradora do Jardim Vila Mariana, Márcia Norcia, 59, contou que participa do Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência e que na mudança de gestão ela perdeu o espaço que tinha no auditório da prefeitura regional para realizar as  discussões e dar suporte para atender as demandas das pessoas com deficiência. “A Vila Mariana é privilegiada para pessoas com deficiência, pois concentra diversas instituições de referência nesse atendimento, mas atende pessoas de várias regiões e é preciso espaços como esse de escuta e de demandas para que haja um representante no conselho que possa encaminhar as necessidades que precisam”.

Ela questionou também o fato de que nas ruas Borges Lagoa e Pedro de Toleto há pontos de ônibus acessíveis, porém nas ruas próximas às residenciais não há. “Estou perto do metrô Vila Mariana e, mesmo assim, preciso pegar um táxi para chegar lá porque eu não consigo subir nos ônibus que passam perto da minha casa, ou a calçada não tem uma altura suficiente”, disse Márcia.

O munícipe Fábio Siqueira apontou que o programa não fala quantas EMEIs (Escola Municipal de Educação Infantil) serão construídas e que em muitos lugares as obras dos CEUs (Centros Educacionais Unificados), EMEFs (Escolas Municipais de Ensino Fundamental) estão paradas. “Em relação às políticas públicas, senti falta de contemplarem os índios, os negros e a juventude, que antes tinham uma secretaria e agora não tem mais. As metas são fundamentadas, mas têm que falar onde elas serão efetivadas e nessa versão ainda não chegamos lá”.

Ao final da audiência, o prefeito regional explicou que ela é um momento importante para a região e para a cidade e que muitas pessoas apresentaram sugestões e propostas relevantes que poderão ser úteis para o fechamento do Plano, no mês de junho.

“A maioria dos questionamentos foram voltados para a cidade como um todo. A Vila Mariana tem suas necessidades, porém mais voltadas para o dia a dia e para a zeladoria, que é um trabalho constante para nós. Em relação à saúde, mesmo as pessoas colocado alguns questionamentos sobre UBS, a Vila Mariana é bem servida nessa área e em educação também. Por isso, todos os questionamentos são no sentido de melhorar o que tem e não por estar faltando alguma coisa”, pontua.

Você ainda pode enviar sugestões ao Plano de Metas. Veja aqui como.

Foto: Cíntia Gomes

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