As jornalistas Cíntia Gomes, da Agência Mural, Paloma Vasconcelos, da Ponte Jornalismo e o cientista social Lucas Martins, da rede Jornalistas Livres, participaram na quarta-feira (10), do debate “Jornalismo independente ou alternativo: como sobreviver e fazer a diferença”.
O encontro foi realizado na Universidade Anhembi Morumbi, no campus Paulista I. Os convidados partilharam suas experiências no jornalismo independente.
A primeira a falar com os estudantes foi a ex-aluna de Jornalismo da Anhembi, Cíntia Gomes, correspondente da Agência Mural desde 2010 e atualmente também editora de comunicação.
“O projeto surgiu com a necessidade de mostrar o que acontece nas periferias, um tipo de cobertura ignorado pelos veículos tradicionais. Os muralistas, como são chamados os correspondentes de cada comunidade, criam suas matérias a partir do que vivenciam em seu dia a dia”, explica.
Para falar sobre a Ponte Jornalismo, que atua na área de Segurança Pública e Direitos Humanos, Paloma Vasconcelos é repórter nas temáticas LGBTQ+ e gênero.
Ela contou sobre o seu TCC, um livro-reportagem intitulado “Transresistência – histórias de pessoas trans no mercado formal de trabalho”, que a fez chegar até o veículo. “O foco desse jornalismo é não depender das fontes oficiais e mostrar o lado humano das notícias, e se tornou referência nesse meio”, conta.
Já sobre a rede Jornalistas Livres, Lucas conta que surgiu durante as manifestações de 2015. “Com o apoio de ativistas e integrantes de coletivos, o site cresceu cobrindo eventos do mesmo tipo, sempre com o objetivo de ser um contraponto às mídias tradicionais e restaurar a confiança no jornalismo a partir do combate ao desrespeito dos direitos humanos e sociais”.