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Número de crianças internadas por possíveis agressões cai 70% no Butantã

Por: Redação

Cerca de 87.263 crianças de zero a 14 anos vivem nos distritos administrados pela Prefeitura Regional do Butantã, zona oeste da capital. Desse total, em 2015, apenas 13 delas foram internadas por motivos relacionados a possíveis agressões. Uma queda de 70% e o menor índice na região nos últimos seis anos.

Em 2014, foram contabilizados 43 casos; em 2013, 45; enquanto em 2010, 58 crianças possivelmente sofreram algum tipo de agressão, a maior taxa, segundo dados do Observatório Cidadão.

Em comparação às demais prefeituras regionais da zona oeste, o Butantã está na terceira posição, atrás da Lapa, com seis ocorrências, e Pinheiros, com nenhum caso registrado em 2015. As duas primeiras prefeituras regionais estão acima da média, ao contrário de Pinheiros, que ocupa a terceira posição das melhores altas. Ao todo, oito administrações locais estão no topo da lista. Vila Prudente (zona leste), Pinheiros (oeste) e Vila Mariana (sul) marcaram zero casos.

Mãe de uma filha de cinco anos, Rafaella Mendes Sousa, 33, afirma que desconhecia esse índice, mas comemora a queda na estatística. “Embora tenham diminuído, esses números são muito tristes, principalmente porque envolvem crianças, que estão sendo vítimas de agressão. Fico feliz que tenha havido queda aqui na região, mas precisamos chegar a nenhum um caso”, afirma a administradora de empresas.

Cerca de 40km distante de Pinheiros, o Itaim Paulista, no extremo leste, lidera o número de internações, com 214 ocorrências — para quase 94 mil crianças na região. Em 2014, entretanto, essa taxa era mais do que o dobro, com 464 incidências.

Cartilha

Para auxiliar profissionais nos encaminhamentos dos casos em que haja suspeita ou confirmação de violência contra crianças e adolescentes, a Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social lançou o “Guia para Atendimento de Crianças e Adolescentes Vítimas de Violência.

O guia é dividido por tipo de serviço prestado: policial, jurídico, social, psicológico, entre outros, e organizado, por ordem alfabética, de acordo com a região do município de São Paulo: centro, leste, norte, oeste e sul.

Embora publicada em 2008, a cartilha é o documento mais atualizado sobre o assunto ao fornecer endereços e contatos como os Centros de Referência, considerados a “porta de entrada” para os casos de crianças e adolescentes abandonados, em situação de rua, vítimas de violência, de exploração do trabalho infantil e envolvidos em conflitos familiares.

Essas unidades funcionam 24 horas e orientam o que fazer conforme cada caso. As crianças e os adolescentes são encaminhados para os Centros de Referência por: Central de Atendimento Permanente e de Emergência (Cape), Agentes de proteção social, , Varas da Infância e da Juventude, Conselho Tutelar, Delegacias de Polícia, Centro de Referência em Assistência Social (CRAS), ou procuram espontâneas.

Procurado pelo 32xSP, o CRAS Butantã não respondeu até o fechamento desta matéria sobre os dados do Observatório Cidadão.

Foto: George Hodan

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