O novo coronavírus se espalhou por pelo menos 52 bairros de Osasco, na Grande São Paulo – a cidade tem 60. A informação foi divulgada pela prefeitura nesta sexta-feira (10) e aponta que as regiões das periferias do município já contam com mais casos de Covid-19.
Com 700 mil habitantes, a cidade soma 121 testes confirmados e mais de mil exames em análise. Oito pessoas morreram no município por conta da enfermidade e há outros 27 óbitos em investigação. Por outro lado, 41 pacientes estão curados.
A maioria dos moradores que pegou coronavírus está na zona sul do município. O Jardim Veloso com oito casos é o que mais teve ocorrências e alguns bairros vizinhos como Jardim Santo Antonio, Novo Osasco e Bandeiras também contabilizam pessoas com Covid-19.
Os dados divulgados pela prefeitura mostram que os casos confirmados dobraram nos últimos dias. Eram apenas 48 no começo da semana e chegaram a mais de 120 na sexta-feira (10).
">Bairros de Osaco com casos confirmados de Covid-19 (Até 9 de abril) | |
">Bairros | ">Casos confirmados |
">VELOSO | ">8 |
">SANTO ANTONIO | ">7 |
">NOVO OSASCO | ">6 |
">VILA MENCK | ">5 |
">UMUARAMA | ">5 |
">VILA YARA | ">5 |
">PIRATININGA | ">5 |
">CENTRO | ">4 |
">CITY BUSSOCABA | ">4 |
">BELA VISTA | ">4 |
">BANDEIRAS | ">3 |
">SANTA MARIA | ">3 |
">VILA OSASCO | ">3 |
">CONCEICAO | ">3 |
">BUSSOCABA | ">3 |
">METALURGICOS | ">3 |
">ROCHDALE | ">3 |
">QUITAUNA | ">3 |
">ADALGISA | ">3 |
">HELENA MARIA | ">2 |
">BARONESA | ">2 |
">PORTAL D’OESTE | ">2 |
">BONANCA | ">2 |
">CONTINENTAL | ">2 |
">MUTINGA | ">2 |
">ALIANCA | ">2 |
">AYROSA | ">2 |
">AUTONOMISTA | ">1 |
">PRESIDENTE ALTINO | ">1 |
">JD ROBERTO | ">1 |
">KM 18 | ">1 |
">REMEDIOS | ">1 |
">MENCK | ">1 |
">SAO PEDRO | ">1 |
">JARDIM D’ABRIL | ">1 |
">INDUSTRIAL ANHANGUERA | ">1 |
">MUNHOZ JUNIOR | ">1 |
">CIPAVA | ">1 |
">JD DAS FLORES | ">1 |
">JD IPE | ">1 |
">VILA PESTANA | ">1 |
">VILA YOLANDA | ">1 |
">JARDIM ADALGISA | ">1 |
RELAXAMENTO
Em meio ao aumento de casos e a busca por aumentar os espaços que possam atender pacientes no município, o prefeito de Osasco, Rogério Lins (Podemos), afirmou que depois da Páscoa estudaria medidas para a retomada de algumas atividades do comércio. No entanto, a gestão recuou da ideia.
Lins vinha enfatizando a importância do distanciamento social, para preparar o sistema de saúde. Chegou a apontar que se todos pegarem a doença rapidamente seriam necessários quatro hospitais do tamanho do Antonio Giglio, o maior do município, para dar conta.
Porém, ao longo da semana, a gestão afirmou que estudava formas de retornar algumas atividades. “Estamos discutindo o retorno gradativo do comércio. Segunda-feira vamos ter boas notícias. Tudo que a gente está fazendo são recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria estadual que vem pela vigilância epidemiológica”, afirmou Lins.
Ao longo da sexta-feira (10), contudo, a administração recuou e disse por meio de nota que as medidas de isolamento seriam reforçadas. “A Prefeitura esclarece que não liberará a abertura de comércios e serviços não essenciais enquanto vigorar a quarentena. A fiscalização será reforçada e estabelecimentos que descumprirem as normas serão interditados”.
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O Governo do Estado prorrogou a quarentena até o dia 22 de abril e o Ministério da Saúde aponta o final do mês e o começo de maio como os momentos em que haverá o pico de contágio no país.
Um dos impasses na Grande São Paulo é entender qual o real tamanho do contágio até aqui, por conta do número de exames que ainda aguardam os resultados. Na quarta-feira (8), as 39 prefeituras da região metropolitana contabilizavam 26 mil testes aguardando.
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