A Prefeitura de São Paulo retirou cartazes políticos espalhados pela na zona sul da capital, após reportagem da Agência Mural revelar que alguns pré-candidatos nas eleições deste ano tinham faixas com promoção pessoal espalhadas em regiões da cidade.
As faixas, usadas para driblar a lei eleitoral que impede campanha antes de 16 de agosto, infringem a Lei Cidade Limpa, no caso da capital paulista. Outros municípios da Grande São Paulo também têm vias com faixas e outdoors, mas contam com outras legislações.
No caso de São Paulo, a SMUL (Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento), por meio da CPPU (Comissão de Proteção à Paisagem Urbana) informou em nota que não são permitidos “nos imóveis edificados, públicos ou privados, a colocação de “banners”, faixas ou qualquer outro elemento, dentro ou fora do lote, visando a chamar a atenção da população para ofertas, produtos ou informações que não aquelas estabelecidas no artigo 15 parágrafo único”.
A lei prevê ainda multa no valor de R$ 10 mil para descumprimento da legislação, e aumento do valor em caso de reincidência.
A reportagem mostrou faixas que traziam mensagens comemorativas, como o Dia das Mães, que ficavam expostas semanas depois da comemoração, e divulgavam o nome de possíveis candidatos nas eleições para deputado neste ano.
A prefeitura retirou os cartazes encontrados na Vila Santa Catarina, e na Avenida João Dias, em Santo Amaro.
Atualmente, a Lei Eleitoral não permite campanha antecipada, mas seria necessário um pedido explícito de votos para infringir a legislação. Por conta disso, o artifício vem sendo usado ao menos desde o Natal por candidatos de diversos partidos por toda a Grande São Paulo.