Moradores das periferias que têm pequenos negócios vivem o impacto direto das oscilações na economia, como a alta da inflação e o desemprego. Segundo reportagem da Agência Mural, eles defendem que, a nível federal, “é urgente um investimento pesado para colocar de novo a população no mercado de trabalho”, pois parte da cliente é composta por pessoas assalariadas.
Além do combate ao desemprego e a fome, comerciantes e prestadores de serviços entrevistados citam a importância de investir em cursos de capacitação e oferecer mais linhas de crédito. Então, o que os 12 concorrentes ao mais alto cargo do Poder Executivo têm de propostas para os empreendedores?
O candidato Ciro Gomes (PDT) propõe refinanciar dívidas de empresas para ajudá-las a reestabelecer o crédito. Eymael (DC) promete criar uma política de apoio ao empreendedorismo e incentivar micros, pequenas e médias empresas — o texto que fala sobre a medida, inclusive, é o mesmo do candidato ao governo de São Paulo pelo partido.
Felipe D’Avila (Novo) diz em seu plano de governo que, se eleito, vai promover um ambiente de negócios mais favorável ao empreendedorismo. O candidato afirma ainda que o empreendedorismo deve ser visto como “uma estratégia de superação da condição de pobreza”.
Jair Bolsonaro (PL) também promete estimular o empreendedorismo, dizendo que o programa SIM Digital, que oferece crédito a empreendedores, “pode ser alavancado” caso seja reeleito.
O candidato Léo Péricles (UP) também repetiu o plano de governo de sua candidata ao governo do estado para o tema, dizendo que vai estimular a economia local através de linhas de crédito.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fala em apoiar as micro e pequenas empresas assegurando crédito facilitado e assistência técnica para o setor, além de prometer a renegociação de dívidas de pequenas e médias empresas.
O candidato Pablo Marçal (Pros) promete investir na capacitação de empreendedores, além de oferecer linhas de crédito e benefícios fiscais específicos conforme o setor. Pablo batalha na justiça pelo direito de continuar com sua candidatura depois que seu partido decidiu retirar a candidatura e apoiar Lula na disputa pela presidência.
O candidato Roberto Jefferson (PTB) não tem nenhuma proposta para pequenos empreendedores em seu plano de governo. O ex-deputado tem a candidatura questionada pelo Ministério Público Eleitoral, que defende que ele está inelegível até dezembro de 2023 por ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, no julgamento do mensalão.
Simone Tebet (MDB) promete ampliar o microcrédito produtivo e reforçar o papel do BNDES no apoio a pequenas e médias empresas. Sofia Manzano (PCB) promete implementar um programa de Substituição de Importações que terá foco nas micro, pequenas e médias empresas.
Soraya Thronicke (União Brasil) promete implementar uma política de apoio aos microempreendedores individuais, e às micro e pequenas empresas com acesso ao crédito e capacitação continuada.
Vera Lúcia (PSTU) defende perdoar as dívidas bancárias das micro e pequenas empresas e conceder apoio técnico e de crédito a esses setores.