Revitalização do centro, renda e garantia de segurança alimentar foram os assuntos que dominaram a plenária regional da Sé do Programas de Metas 2021-2024. A audiência foi realizada virtualmente na última segunda-feira (12).
A plenária foi acompanhada por 91 pessoas por meio do aplicativo Microsoft Teams, no qual 20 desses tiveram direito à fala (após inscrição e sorteio ao vivo). O evento também foi transmitido e acompanhado por 64 pessoas pelo YouTube.
Durante a audiência, alguns dos participantes sorteados tiveram dificuldades de falar, pois não conseguiam habilitar o microfone.
“Há uma limitação clara de acesso à internet, que impede a participação”, disse o participante Giordano Magri, assessor do vereador Eduardo Suplicy (PT), que solicitou que as audiências regionais também acontecessem de forma presencial.
Os trabalhos virtuais foram conduzidos pela ex-prefeita Marta Suplicy, secretária municipal de relações internacionais. Ela leu a minuta do programa.
O evento também contou com a participação do subprefeito da Sé, Marcelo Vieira Salles, dos secretários Alexandre Modonezi, das Subprefeituras, Alê Youssef, da Cultura, e Vivian Satiro, secretária executiva de planejamento.
CENTRO HISTÓRICO
As sugestões dos participantes foram variadas. Silvia Cibele cobrou a revitalização do centro. “A região precisa virar um atrativo turístico, principalmente na região do triângulo histórico”, argumentou.
“É uma região de extrema importância para a gastronomia, para a economia criativa e para fomentar o comércio da cidade.”
O triângulo histórico fica em uma região situada entre os largos São Bento e São Francisco, e a Praça da Sé. Parte mais antiga da cidade, fundada pelo padre José de Anchieta em 1554, que atualmente sofre com o abandono de prédios centenários e a degradação dos espaços públicos.
Três participantes também cobraram obras de revitalização na região da Baixada do Glicério, na Liberdade, uma das mais vulneráveis da zona central.
“A Liberdade não é só o bairro dos japoneses”, disse a moradora Sandra Madour, que sugeriu a instalação de mais equipamentos públicos no Glicério, como um CEU (Centro Educacional Unificado). A região central não possui uma unidade dos CEUs.
IMPACTOS DA PANDEMIA
Com o avanço da pandemia, o distrito da Sé sofreu com o fechamento de comércios e o aumento da população em situação de rua.
Esse cenário também se refletiu nas propostas ao Programa de Metas: geração de empregos e segurança alimentar foram pauta de 7 dos 20 participantes.
“A prefeitura precisa atuar como indutora da recuperação econômica da cidade”, afirmou Sueli Scutti. Além disso, foi pontuada a necessidade de maior participação do poder público na geração de emprego e renda.
CONFIRA:
Datas e horários das audiências públicas do Programa de Metas 2021-2024
Sé é a subprefeitura com maior orçamento, mas é marcada por contrastes
Políticas para os idosos também foram lembradas pelos participantes. Moradias, serviços de saúde e restaurantes para a pessoa idosa foram ideias que apareceram com frequência.
Ao fim da plenária, Marta Suplicy disse que “a vida foi o grande tema” abordado no evento. “Nós que estamos no fim da vida, queremos viver de forma digna”, completou, em referência às propostas apresentadas pelos idosos.
O Programa de Metas ainda está aberto para sugestões por meio do site Participe Mais, até o dia 2 de maio.
SUBPREFEITURA DA SÉ
A Subprefeitura da Sé é a maior das 32 administrações regionais de São Paulo em número de distritos. Ela é composta por oito distritos da região central: Bela Vista, Bom Retiro, Cambuci, Consolação, Liberdade, República, Santa Cecília e Sé, que somados representam uma área de 26,2 km². Em 2010, apresentavam uma população de 431 mil habitantes, segundo o IBGE.
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