A Semana de Arte Moderna é um marco na história da arte nacional. Na época, o evento nasceu entre artistas das classes mais altas da sociedade, mas hoje inspira não só quem vive no centro, mas a galera das quebradas também. Por isso, o rolê desta semana dá uma atenção especial aos eventos em celebração aos 100 anos da Semana de Arte Moderna, responsável por mudar a maneira como a arte era e é encarada.
Por aqui, vamos ter dicas de atividades virtuais e presenciais, com as orientações de sempre: comprovante de vacinação na mão, máscara no rosto e paz no coração. Bora?
Batalha de rimas
Com programação especial em homenagem a Semana de Arte Moderna, a Fábrica de Cultura Jaçanã, na zona norte, promove a Batalha do Jaçanã. O evento vai rolar neste sábado (12) e busca reunir o público para um encontro em forma de rima e poesia, destacando a expressividade do território e potência cultural.
Dia e horário: 12/2 às 18h
Endereço: Praça Memória do Jaçanã, s/n – Vila Nilo
Preço: Entrada gratuita
Cinema da quebrada
O Perifericu é um Festival Internacional de Cinema e Cultura da Quebrada, com o objetivo valorizar as diferentes manifestações e processos artísticos da população LGBTQIA+ periférica. Começou em 9 de fevereiro e segue até domingo (13).
O festival será de forma presencial e itinerante pelas favelas da zona sul da capital e conta com diferentes ativações artísticas, como apresentações musicais, mostras de curta-metragens e slam.
A realização é da Maloka Filmes, uma produtora criativa audiovisual LGBTGIA+ formada por jovens periféricos de São Paulo.
O encerramento será na Casa de Cultura M’Boi Mirim, com sessão cinema, além de uma premiação com apresentação das Irmãs de Pau e demais outras atrações.
Dia e horário: 13/2 a partir das 17h
Endereço: Avenida Inácio Dias da Silva, s/nº – Piraporinha
Preço: Entrada gratuita
Contando o modernismo
A Cia. Mapinguary traz ao palco o espetáculo “Semana de 22: Contando o Modernismo”, na próxima quarta-feira (16). Os narradores contam a infância de modernistas como Anita Malfatti, Tarsila Amaral e Mário de Andrade, além de trazer poesias, músicas e curiosidades da Semana que transformou a arte brasileira.
Para isso, utilizam, oralidade, fantoches e o kamishibai, teatro com bonecos de papel de origem japonesa. A apresentação será presencial em Guaianases, na zona leste, na Biblioteca Cora Coralina.
Dia e horário: 16/2 às 14h30
Endereço: Rua Otelo Augusto Ribeiro, 113 – Guaianases
Preço: Entrada gratuita
Mais filmes
O Festival Visões Periféricas é uma plataforma de difusão de filmes de curta, média e longa-metragem, e desenvolvimento de projetos audiovisuais produzidos nas periferias do Brasil.
A 15ª edição do festival será entre os dias 15 e 21 de fevereiro no formato presencial – no Rio de Janeiro – e online. O festival esse ano exibirá, ao todo, 48 filmes.
Além da exibição presencial, todas as sessões da mostra competitiva serão transmitidas no site do festival de forma simultânea e ficarão disponíveis online por 24 horas.
Um dos filmes em cartaz é o “Ladeira não é rampa“. Gravado no Rio de Janeiro, o longa narra o dia a dia de Antônio, um skatista que procura fazer suas manobras em uma cidade que não tem pista de skate nem cinema.
Dia: De 15 a 21 de fevereiro
Preço: Gratuito e online
Artes em adesivos
Você sabe o que é sticker art? Essa é uma modalidade de arte urbana que usa etiquetas adesivas como intervenção no espaço público, muito popular na década de 90.
Também como parte da programação especial, na Fábrica de Cultura da Brasilândia, na zona norte da cidade, vai rolar a oficina “Sticker: Uma Manifestação Urbana”, na próxima quinta-feira (17). A proposta é debater o assunto e incentivar a produção de sticker art.
Dia e horário: 7/2 às 14h30
Endereço: Avenida General Penha Brasil, 2.508 – Vila Nova Cachoeirinha
Preço: Entrada gratuita
Além do beat
Integrante do Quebrada Queer, grupo de rap com integrantes LGBTQIA+ vindos de diferentes periferias como Parelheiros, Guarulhos, Jandira e Jardim Martins Silva, Apuke acaba de lançar um trabalho solo.
O EP “Aleatório” possui quatro faixas inéditas e autorais. O projeto foi composto de maneira muito pessoal, trazendo como base as próprias vivências lésbicas da artista, além de destacar reflexões sobre a importância da mulher na indústria musical, sobretudo como produtora, intérprete e compositora.
“Esse trabalho serve para exaltar o potencial de uma mulher periférica que aprendeu quase tudo sozinha”, explica Apuke, conhecida por trabalhos anteriores como DJ e beatmaker.
Para a artista, que sempre foi apaixonada por música, o EP surge como uma afirmação de que ela vai além do beat e enfatiza a importância de seguir buscando alternativas para gerar impacto com o seu trabalho.