A cidade de São Paulo registrou, até esta quarta-feira (29), 1.464 mortes confirmadas ou suspeitas por covid-19. Sintomas respiratórios graves estão entre as principais complicações causadas pelo novo coronavírus. Nos casos mais leves, o paciente costuma apresentar febre, tosse e cansaço.
No mesmo período, outros 4.384 óbitos foram causados por demais doenças respiratórias, como pneumonia e insuficiência respiratória. Os dados constam no painel COVID Registral do Portal da Transparência do Registro Civil, divulgado na segunda-feira (27).
Desde a notificação do primeiro óbito por coronavírus no Brasil, em 16 de março deste ano, o município de São Paulo apresentou, até o dia 29 de abril, os seguintes números:
Óbitos por doenças respiratórias (2020)
• Covid-19: 1.454
• Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): 166
• Pneumonia: 1.891
• Insuficiência respiratória: 1.000
• Septicemia (sepse/choque séptico): 1.291
• Mortes indeterminadas (causas mortes ligadas a doenças respiratórias, mas não conclusivas): 36
Os dados se baseiam nas Declarações de Óbito (DO) preenchidas pelos médicos que constataram os falecimentos e consideram apenas uma causa para cada morte. Sendo assim, o painel informa que “quando houver menção do novo coronavírus na declaração, considera-se como causa de óbito a Covid-19 (suspeita ou confirmada)”.
Segundo a Arpen-Brasil (Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais), que mantém a plataforma, os números podem ser ainda maiores. Isso porque o prazo legal para o envio de informações aos cartórios pode levar até 15 dias.
Em relação ao mesmo período no ano de 2019, temos os seguintes casos:
Óbitos por doenças respiratórias (2019)
• Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG): 11
• Pneumonia: 2.467
• Insuficiência respiratória: 681
• Septicemia (sepse/choque séptico): 1.668
• Mortes indeterminadas (causas mortes ligadas a doenças respiratórias, mas não conclusivas): 36
PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS
Conforme mostra a edição mais recente do Mapa da Desigualdade, lançado em novembro de 2019 pela Rede Nossa São Paulo, a cidade de São Paulo registrava uma média de nove mortes por doenças do aparelho respiratório para cada 10 mil habitantes em 2018.
Na época, o distrito com a maior taxa foi a Água Rasa, na região leste, com 17 mortes por doenças respiratórias para cada 10 mil habitantes, quase o dobro da média no município.
É justamente na Água Rasa que, até o momento, registrou-se a maior taxa de mortes por coronavírus em São Paulo por grupo de 100 mil pessoas (confira no mapa abaixo). O distrito, com 82.564 mil moradores, tem 39 mortes confirmadas ou suspeitas até o dia 24 de abril.
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Na sequência, Pari (região central), Artur Alvim (leste), Limão (norte) e Alto de Pinheiros (oeste) aparecem, nesta ordem, na proporção de mortes para cada 100 mil habitantes. As informações são da Prefeitura de São Paulo.
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