Neste dia 7 de junho, em que se comemora o Dia Nacional da Liberdade de Imprensa, é lançada oficialmente a Ajor – Associação de Jornalismo Digital, que já reúne 30 organizações de todo o país – entre elas, a Agência Mural de Jornalismo das Periferias.
Para comemorar o lançamento, o Conselho da Ajor convidou o professor Rosental Calmon Alves, diretor do Knight Center for Journalism in the Americas para uma live no dia 10 de junho, às 19h. Rosental, que contribuiu para a articulação que levou à formação da Ajor, vai conduzir a conversa com os representantes da nova associação.
A fundação da Ajor acontece num momento de transformação da forma como o jornalismo é produzido e consumido no Brasil e no mundo. Novas organizações de mídia digital têm se consolidado como geradoras de mudanças na sociedade, firmando posições em defesa de direitos humanos e contra a desinformação e abusos de poder.
A primeira presidente da Ajor, Natalia Viana, diretora executiva da Agência Pública de Jornalismo Investigativo, priorizará em sua gestão a consolidação das mudanças pelas quais passou o jornalismo no Brasil.
“Os veículos digitais estão há alguns anos liderando a inovação no jornalismo brasileiro. A associação vem para fortalecer esse cenário e portanto melhorar o nosso jornalismo como um todo em um momento em que ele enfrenta sérios desafios”, afirma.
A principal missão da organização é o fortalecimento do jornalismo brasileiro, e suas atividades organizam-se em três eixos de atuação: a profissionalização e fortalecimento das associadas (orientações sobre melhores práticas e construção de parcerias para formação), a defesa do jornalismo e da democracia (monitoramento de decisões do poder público, criação de ferramentas de defesa legal e organização de eventos) e a promoção de diversidade. Mais de 20 das 30 organizações fundadoras têm mulheres e pessoas negras em posição de liderança.
“A Ajor é um passo importante para o jornalismo brasileiro. A reunião de tantas organizações diferentes reforça que a diversidade na imprensa é fundamental para a democracia. Estamos felizes em fazer parte desta força coletiva,” destaca Cíntia Gomes, diretora institucional da Agência Mural de Jornalismo das Periferias.
Desde a realização da segunda edição do Festival 3i (inovador, inspirador, independente), evento promovido por mídias nativas digitais para debater o jornalismo, a iniciativa de criar uma organização vem sendo discutida. Mesmo antes do lançamento oficial, marcado para 7 de junho, as associadas à Ajor já vinham realizando algumas atividades, como as Conversas em Off, reuniões quinzenais entre para discutir questões estratégicas relacionadas aos negócios e buscar soluções inteligentes a partir das experiências de cada organização.
A partir de julho, a Ajor realizará Conversas Abertas transmitidas via Facebook Live, Linkedin e canal do YouTube com um/a convidado/a, que compartilhará o processo de construção de um conteúdo ou produto que seja um case de sucesso do jornalismo digital brasileiro. Para o início do ano que vem, o conselho da Ajor planeja a realização da 3ª edição do Festival 3i, evento pioneiro no continente voltado para a inovação e empreendedorismo, questões essenciais para esta nova geração do jornalismo digital.
As 30 organizações que fundaram a Ajor são uma pequena amostra da diversidade dos novos veículos de mídia do país. Há associadas em todas as regiões do país, com diferentes modelos de negócio e tipos de produção de conteúdo. Além da Agência Mural, estão na Ajor organizações como Alma Preta, #Colabora, Data_labe, Énois, Gênero e Número, Marco Zero Conteúdo, Nexo, Nós, mulheres da periferia, Repórter Brasil e Revista AzMina.
“Sabemos que o jornalismo digital brasileiro está em uma fase vibrante e por isso já lançamos a Ajor com o desafio de ampliar o número de associadas, buscando representatividade dos quatro cantos do país”. diz a presidente Natalia Viana.