Paula Rodrigues/Arquivo Agência Mural
Por: Caê Vasconcelos
Notícia
Publicado em 28.06.2021 | 10:42 | Alterado em 11.01.2022 | 13:31
Muitas vezes podemos machucar uma pessoa sem perceber. Isso acontece de maneira muito recorrente com pessoas LGBT+ que precisam lidar diariamente com falas e expressões carregadas de preconceito – mesmo que ditas sem a intenção de machucar ou ofender.
Por isso, listamos dez dessas expressões e falas para você tirar do seu vocabulário e se aliar à luta dessa população.
Ah, se ver alguém falando isso, mostra esse conteúdo. Dessa forma conseguimos combater a LGBTIfobia: quando todas as pessoas se unem, o preconceito não tem chance.
Nunca chame uma pessoa trans pelo nome morto – aquele que a pessoa não usa mais;
Sempre respeite o gênero de uma pessoa trans – homens trans e pessoas transmasculinas são sempre tratados no masculino, mulheres trans e travestis no feminino e pessoas não-binárias devem ser questionadas como preferem ser tratadas;
Não use a palavra homofobia para definir todas as opressões que pessoas LGBT+ vivenciam. Apenas homens gays sofrem homofobia: mulheres lésbicas sofrem lesbofobia, pessoas trans sofrem transfobia, pessoas bissexuais sofrem bifobia e pessoas intersexo sofrem intersexofobia;
Orientação sexual e identidade de gênero não são a mesma coisa: a primeira representa quem a pessoa ama e a segunda como a pessoa se identifica;
Pessoas LGBT+ não lutam apenas pelo direito de amar: pessoas trans, por exemplo, ainda estão lutando para viver, trabalhar, terem seu gênero respeitado, poder usar o banheiro e por aí vai;
Pessoas bissexuais não são confusas e não existe uma regra de que elas precisam ficar com a mesma quantidade de pessoas de todos os gêneros para serem validadas;
Nunca usar as expressões: homem de verdade, mulher de verdade, virou homem, virou mulher, quando era menino/menina para falar sobre pessoas trans. O gênero é algo socialmente construído. A melhor forma é usar “depois da transição” ou “hoje se identifica como”;
Mulher trans e travesti não são sinônimos. Assim como homens trans e pessoas transmasculinas. Sempre perguntar como uma pessoa trans se identifica sem tentar adivinhar;
Nunca diga corpo feminino ou masculino porque as genitálias não definem os gêneros;
Processos de hormonização e cirurgias não definem uma pessoa trans, a identificação é mais interna do que externa – muitas optam por isso, mas não é uma regra.
Jornalista, homem trans e bissexual. Autor do "Transresistência" e repórter especializado em direitos humanos e na editora LGBT+. Correspondente de Vila Nova Cachoeirinha desde 2017.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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