Desde o início da atual gestão municipal, de 2013 até maio de 2016, foram abertas 91.196 novas vagas na educação infantil na cidade de São Paulo
Por: Redação
Publicado em 18.07.2016 | 4:00 | Alterado em 18.07.2016 | 4:00
A auxiliar de limpeza Maria da Guia Evangelista dos Santos, 47, moradora de Paraisópolis, na zona sul da capital, nunca conseguiu uma vaga para o filho Lucas Fernandes Santos, hoje com sete anos.
Do outro lado da cidade, no entanto, os bairros de Vila Galvão e Vila Nilo, na zona norte, ganharam, no fim do mês de junho deste ano, dois centros de educação infantil nos quais os pais da região puderam matricular 376 filhos de zero a três anos.
Desde o início da atual gestão municipal, de 2013 até maio de 2016, foram abertas 91.196 novas vagas na educação infantil na cidade de São Paulo, segundo dados consolidados pela Secretaria Municipal de Educação. A meta traçada, no entanto, era de 150 mil novas vagas.
Do total de matrículas garantidas na educação infantil, mais de 75 mil são destinadas ao atendimento em creche, sendo que quase 48 mil foram inauguradas entre janeiro de 2015 e maio de 2016.
Ainda de acordo com a Secretaria Municipal de Educação, desde 2013 foram implantadas 375 novas creches, sendo 254 delas só entre janeiro de 2015 e maio de 2016.
As creches são implantadas em imóveis construídos pela prefeitura e em imóveis próprios ou locados pelas organizações da sociedade civil, que mantêm parceria com a prefeitura para atendimento em creche.
A Rede Municipal de Ensino tem atualmente 2.021 CEIs (Centros de Educação Infantil), sendo 1.992 em funcionamento, que garantem matrículas para 277.080 crianças em creche. As EMEIs – pré-escolas (Escolas Municipais de Educação Infantil) garantem matrículas para outras 215.441 crianças na fase pré-escolar. Assim, o atendimento na Educação Infantil garante matrícula para 492.521 crianças, apontam dados divulgados pela pasta.
DEMANDA POR EDUCAÇÃO INFANTIL
Em 31 de maio de 2016, a demanda por pré-escola foi de 4.230 crianças, a menor já registrada em maio. No mesmo mês, em 2013, a demanda cadastrada era de 16.133; em 2014, de 14.202; e em 2015, era de 10.999.
A demanda cadastrada por creche foi de 97.444, também a menor já registrada do mês de maio. No mês de maio de 2012, a demanda cadastrada era de 142.803; em 2013 era de 119.025; em 2014 era de 124.206; e em 2015, de 117.315.
Partindo um pouco mais para os últimos anos, de acordo com índices do Mapa da Desigualdade, de 2007 a 2014, a zona leste deteve o maior número de vagas atendidas em creches, com destaque para Cidade Tiradentes, Guianases e Itaquera. Ao contrário das regiões do M’Boi Mirim, Cidade Ademar e Campo Limpo, que estiveram no fim da lista.
É o caso de Maria da Guia, que em Paraisópolis, uma das maiores favela de São Paulo, nunca conseguiu vaga para o filho. “Agora ele já está com sete anos, na escola normal. Tentei vaga na creche desde que ele nasceu, mas sem sucesso”, pontua.
OBRAS EM ANDAMENTO
A Secretaria Municipal de Educação está construindo 167 equipamentos educacionais, entre 84 obras concluídas (38 creches, 31 Escolas Municipais de Educação Infantil, 14 Escolas Municipais de Ensino Fundamental, CEUs), 82 em obras (54 creches, 19 Escolas Municipais de Educação Infantil, 1 Escola Municipal de Ensino Fundamental e 8 CEUs) e 1 aguardando ordem de início nos próximos dias (1 Escolas Municipal de Ensino Fundamental). Além disso, há 18 obras em fase da licitação (6 CEUs – que contêm 6 Centros de Educação Infantil e 6 Escolas Municipais de Ensino Médio).
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.
Envie uma mensagem para [email protected]