Por: Redação
Publicado em 26.01.2017 | 13:07 | Alterado em 26.01.2017 | 13:07
De acordo com uma análise feita pelo pesquisador da Rede Nossa São Paulo, Américo Sampaio, a partir do site do Plano de Metas, administrado pela Secretaria Municipal de Planejamento, das 39 metas apontadas para a região de Itaquera, zona leste paulistana, na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT), somente 16 foram integralmente cumpridas e dentro do prazo. Dentre as 23 metas não cumpridas, o 32xSP visitou a que menos “andou” na região.
Com taxa de apenas 5% de cumprimento, a construção de uma sede definitiva para educação ambiental no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo, localizado na Estrada da Fazenda do Carmo, s/n, prevista na meta 86 chegou à metade da primeira parte da etapa de readequação do Parque, que está prevista em 10% do total do projeto. As outras etapas nem chegaram a iniciar: garantia da fonte de financiamento (10%), licitação das obras (10%), execução das obras de readequação (45%) e implantação da estrutura (25%).
Entretanto, a atual gestão da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente afirmou que esta meta não está paralisada. “A sede definitiva é uma Compensação Ambiental do Metrô – Linha 15. Já foram encerradas todas as tratativas do projeto executivo, em 2016, e a construção está em processo de licitação pelo Metrô, com previsão para início em março de 2017 e término em 2018”, diz a nota enviada pela assessoria de imprensa do órgão.
Além da construção de uma sede definitiva, o Metrô também tem como compensação ambiental elaborar um projeto para construção do Centro de Educação Ambiental Tabor, no Parque Natural Municipal Fazenda do Carmo. O projeto básico está terminando, para posterior execução pela Prefeitura de São Paulo.
O PNM Fazenda do Carmo, considerado o maior remanescente de vegetação da zona leste, tem uma área de 448,65 hectares e está inserido na Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo, que é parte integrante da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, declarada pela UNESCO, em 1992. Destina-se à preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.
A vegetação apresenta 507 espécies pertencentes a 81 famílias botânicas e está inserida no domínio transicional entre Floresta Ombrófila Densa e a Floresta Estacional Semidecidual, com maior riqueza de famílias típicas da fachada atlântica.
Na fauna encontra-se a presença de espécies nativas de Mata Atlântica, porém já foram registradas também a presença de espécies exóticas em seu interior. Um total de 166 espécies foram catalogadas, sendo 11 répteis; 148 aves, como Cracidae Jacuaçu (Penelope Obscura) e o Psittacidae Papagaio Verdadeiro (Amazona Aestiva), consideradas “quase ameaçadas” de extinção pela lista de espécies ameaçada para São Paulo; e 7 mamíferos, como a Bradypus variegatus (Preguiça-de-Três-Dedos).
As principais via que circundam o Parque são: a avenida Aricanduva, avenida Ragueb Chohfi, avenida Jacu Pêssego, avenida John Speers, rua Malmequer do Campo, avenida Osvaldo Pucci e a avenida Afonso de Sampaio e Souza.
Foto principal: Vander Ramos
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