Outros dois distritos também fazem parte da subprefeitura: Mandaqui e Tucuruvi
Por: Redação
Publicado em 04.10.2016 | 15:00 | Alterado em 04.10.2016 | 15:00
O bairro de Santana é o principal e um dos mais antigos da zona norte de São Paulo. Com direito até a data de aniversário no dia 26 de julho, ele surgiu em 1782, pertence ao distrito homônimo e é administrado pela Subprefeitura de Santana-Tucuruvi. Outros dois distritos também fazem parte da subprefeitura: Mandaqui e Tucuruvi. Em toda a região administrada pela subprefeitura vivem atualmente em torno de 325 mil pessoas.
A jornalista Anna Carolina Costa, 23, que hoje mora no Jardim São Paulo, também residiu em Santana e Tucuruvi e diz adorar a região. “Eu gosto bastante desse bairro. Ele é mais residencial, sendo que na avenida principal (Leôncio de Magalhães), onde se concentra a maioria do comércio”.
Anna Carolina chama atenção sobre alguns aspectos do bairro. “Algo curioso, e que tem muito nessa avenida, são lojas para alugueis de roupa. É quase uma ‘rua das noivas’, só que concentrada em debutantes”, revela. “Pensando no trânsito, aqui tem um grande fluxo de carros e ônibus, pois ficamos bem na ligação entre Santana, Tucuruvi e Parada Inglesa”.
Outra informação, positiva, embora desconhecida por Anna Carolina, é sobre o índice de agressão a mulheres na subprefeitura. Segundo o Observatório Cidadão, em 2015, o número de casos foi quase três vezes menor que do que no ano anterior — um dos mais baixos em toda a cidade.
O maior contingente esteve no Itaim Paulista (zona leste), Parelheiros e Capela do Socorro (zona sul), com 16, 13 e 10 casos — para cada 10 mil habitantes. Quase 97 vezes maior do que na Vila Mariana (centro-sul). O que também decresceu foi o total de adolescentes grávidas. Em 2014 foram 3.536 ante 3.497 no ano seguinte.
Região na qual nasceu o ídolo Ayrton Senna, Santana-Tucuruvi está na média em relação à quantidade de equipamentos culturais — o único na zona norte. Outras regiões como Casa Verde estão abaixo do ideal.
Anna Carolina confirma: “Aqui temos muitas coisas culturais. Tem o Sesc Santana, que tem muitas atrações, além do teatro do colégio jardim São Paulo. Porém, um dos destaques de passeios na região são os bares para sair e conversar com amigos. Tem três pontos fortes: avenida Engenheiro Caetano Álvares, a avenida Luiz Dummont Villares (conhecida como avenida Nova) e Santana”, elenca.
O atendimento em creches, também se manteve na média, com um total de 4.085 matrículas efetuadas em unidades do município. Por outro lado, o número de equipamentos esportivos diminuiu. Em 2006 eram 12; em 2015, apenas seis.
Em contrapartida, a população de rua aumentou nos últimos três anos, saltando de 213, em 2012, para 275 pessoas, em 2015. Um dos mais altos da cidade e cerca de 1.300 vezes a mais que em Parelheiros, que contabilizou no mesmo ano somente um caso conforme o Observatório Cidadão.
“Tenho notado um aumento mesmo no moradores que vivem nas ruas. No meu bairro sempre teve dois, que já são mais ‘conhecidos’, pois estão há alguns anos”, diz. “Em Santana, que é o bairro vizinho, existe uma praça onde fica fechada de tanto morador ocupando. É triste de ver, pois eles devem passar muito frio e necessidades por ali”, lamenta.
Foto: Wikipédia
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