A unidade é uma alternativa para desafogar a UBS Vila Nova Galvão.
Por: Redação
Publicado em 18.05.2017 | 14:14 | Alterado em 18.05.2017 | 14:14
O jornal Agora, de 29 de abril, noticiou que o atual prefeito João Doria (PSDB) suspendeu no dia anterior a construção de cinco UBSs (Unidades Básicas de Saúde), entre elas a da Jova Rural, no distrito do Jaçanã, cujo prazo inicial de entrega era agosto de 2016, como consta na placa da construção. No Diário Oficial do Município, do dia 9 de agosto do ano passado, havia sido publicada uma prorrogação por mais 256 dias corridos, contados a partir de 18 de agosto de 2016. Esse período se encerraria no dia 1º de maio deste ano.
Leia mais: Obra da UBS Integral Jova Rural deveria ser entregue ontem
Os moradores seguem descontentes com a demora no término da obra, pois contam com a futura entrega como uma alternativa para desafogar a Unidade Básica de Saúde mais próxima, na Vila Nova Galvão. É o caso da estudante de odontologia Rosselly Gualberto, 30. “A demora no atendimento será um pouco menor porque as UBSs trabalham com regionalização, ou seja, quem morar perto terá preferência no atendimento. Como a da Vila Nova Galvão é a única da região, a demanda dela é muito grande”.
A dona de casa Márcia Regina Feitosa Costa, 28, por exemplo, não consegue ser atendida no posto da Vila Nova Galvão e usa outra unidade, que fica no bairro do Jaçanã. “Eu nunca consegui passar na da Vila Nova Galvão. Tive meu segundo filho e passo no posto do Jaçanã. Se abrir esse da Jova Rural, vai melhorar muito mesmo. Mas será que vai abrir logo? O meu medo é não terminarem nunca”, relata.
Laércio José Coimbra, 33, está preocupado com o início das atividades. “Pelo visto, ainda nem chegaram na fase de acabamento da obra bruta. Tem ainda a instalação elétrica, internet, pintura, revestimento…”, comenta o pintor.
O Observatório Cidadão mostra que, de acordo com os números de 2015, o distrito do Jaçanã, situado na prefeitura regional Jaçanã/Tremembé, possui 0,42 unidades básicas de saúde por dez mil habitantes e está dentro da média da cidade de São Paulo, que é de 0,37.
De acordo com o Programa Cidades Sustentáveis, que visa sensibilizar e mobilizar as cidades brasileiras para que se desenvolvam de forma econômica, social e ambientalmente sustentável, é preciso garantir no mínimo uma Unidade Básica de Saúde com Programa Saúde da Família para cada dez mil habitantes.
Ednalva de Jesus, 54, vê a mobilização como alternativa para apressar a entrega da obra. “Quero juntar pessoal para fazer alguma coisa porque está difícil sair ali. Já parou não sei quantas vezes. Gente, pelo amor de Deus! E agora o prefeito mandou parar por mais quatro meses!”, desabafa a auxiliar de enfermagem.
O 32xSP solicitou, por meio do site Ouvidor SUS, uma posição da prefeitura sobre a nova previsão para a entrega da obra. Até a publicação desta reportagem não ouve resposta.
Foto: Aline Kátia Melo
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.
Envie uma mensagem para [email protected]