Por: Redação
Publicado em 14.06.2017 | 17:55 | Alterado em 14.06.2017 | 17:55
Desde janeiro de 2016, a aposentada Maria Quitéria da Silva, 67, ouve o filho mais velho dizer que quando o CEU (Centro Educacional Unificado) Parque do Carmo estiver pronto, ela poderá aproveitar o local para fazer suas atividades físicas recomendadas pelo médico, ler livros na biblioteca e até fazer aulas de natação. Porém, dona Quitéria, como prefere ser chamada, terá que esperar mais um pouco para desfrutar das quadras, piscinas e outras extensões que o complexo promete ter, pois a construção do espaço está parada.
As obras, que tiveram início em dezembro de 2015 – ainda na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) –, seguiam em ritmo lento e, desde o início do ano, os moradores viam pouco movimento no local. No entanto, a suspensão de continuidade só foi publicada no Diário Oficial da Cidade no dia 9 de maio de 2017.
A primeira data de entrega do centro educacional estava prevista para dezembro de 2016. Agora, um novo adesivo na placa da obra informa que ela será entregue em outubro de 2017, o que só aumenta as expectativas dos moradores, segundo a educadora física Fernanda Souza Martins, 32, que vive na região há seis anos. “Não só eu, mas toda a comunidade fica na espera, porque a região carece de serviços que proporcionem educação, lazer, cultura e esportes”, afirma.
Para Fernanda, o atraso prejudica principalmente as crianças, pois acredita que elas serão as principais beneficiadas com o equipamento. “O CEU Parque do Carmo vai ser um lugar onde elas [as crianças] vão poder aprender com uma estrutura melhor, com mais cultura, atividades físicas e oportunidades que não encontramos em qualquer escola”.
Segundo a Secretaria de Educação, as obras estão suspensas para renegociação de contrato (Portaria 29 de 29/4) e deverão ser retomadas em breve. Em nota, a prefeitura informou ao 32xSP que os trabalhos estão sendo dificultados pelos “buracos” orçamentários herdados da gestão passada, que não deixou recursos para a execução dos centros educacionais.
A construção do espaço, em um terreno de 15.968 metros quadrados, com área construída de 12.500 metros quadrados, teve o investimento inicial de R$ 41,1 milhões, somando recursos do Tesouro Municipal e repasse do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação, do MEC (Ministério da Educação).
Foto: Thalita Monte Santo
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.
Envie uma mensagem para [email protected]