A.E Carvalho é o primeiro bairro a ter próprio app do Conseg
Por: Redação
Publicado em 21.11.2017 | 11:56 | Alterado em 21.11.2017 | 11:56
Avenida Catitu, no bairro A.E Carvalho, em Itaquera (Danielle Lobato/Agência Mural)
Morador da Cidade A.E Carvalho, bairro de Itaquera, na zona leste, há dois anos, Paulo César de Castro, 40, decidiu que era hora de se inteirar dos problemas da região onde vive há três décadas.
Desde então, ele passou a frequentar o Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), orgão que reúne moradores interessados em discutir, analisar, planejar e acompanhar soluções de demandas comunitárias, principalmente, em relação à segurança.
Castro, que se reunia uma vez por mês com outros membros, há dois meses passou a também contar também com a possibilidade de realizar demandas online. Para atrair mais moradores, lideranças do Conseg local decidiram investir em tecnologia e criaram o primeiro aplicativo de um Conselho Comunitário de Segurança, no bairro A.E Carvalho. Ao todo, existem quase 100 conselhos.
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Apesar de não ser muito adepto à tecnologia, Castro realizou sua primeira demanda via app há trinta dias. “Com ajuda da minha esposa, consegui fazer a reclamação. Pedi o recapeamento da rua Terra Brasileira. Em poucas semanas, a obra foi feita”, comemora.
Empolgada com a iniciativa, a administradora de empresas, Dalva de Barros, 53, também usou o celular para reclamar do acúmulo de lixo deixado pelos feirantes e do descaso da limpeza da Prefeitura em sua rua.
“A ferramenta é atual, acessível e, o melhor, gratuita. Sem dúvidas, irei fazer muitas reclamações”, afirma Dalva, que nasceu e se criou na região.
Mohamad Kassen El Turk, presidente do Conseg, explica que aplicativo não vai substituir as reuniões presenciais, e sim ajudar as pessoas a realizarem demandas mais facilmente.
App foi lançado há dois meses e foi baixado 100 vezes (Danielle Lobato/Agência Mural)
No cardápio de reclamações estão solicitações não apenas ligadas à segurança pública, mas também em mobilidade urbana, pavimentação, saúde e até saneamento básico.
Segundo El Turk, o morador recebe uma devolutiva sobre o pedido realizado em até três dias.
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“O primeiro dia é para filtrar a denúncia e elaborar o ofício para a entidade responsável. No segundo dia, o diretor responsável por aquele departamento leva o ofício à entidade. No terceiro dia, tem a certeza de que o pedido foi protocolado, e um aviso com o número do ofício e a data da próxima reunião aparecem na tela do celular”, exemplifica.
Antes, quando alguém precisava registrar uma reclamação, era necessário comparecer aos encontros mensais e preencher uma papelada.
DOWNLOADS
Até o momento foram realizados pouco mais de 100 downloads e 15 reclamações solicitadas. Por enquanto, é possível baixar o app apenas sistemas Android. De acordo com El Turk, a versão iOS estará disponível até o fim de novembro.
El Turk assegura ainda que o número de downloads é baixo porque os moradores desconhecem a opção. Para isso, 20 mil panfletos serão distribuídos, de porta em porta, em casas do bairro.
“A ideia é que esse aplicativo, que teve custo baixo para ser feito, se popularize na nossa área e outras regiões possam também ter o seu”, finaliza.
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