Prefeitura promoveu troca de cargos no Butantã, Sapopemba e Santo Amaro; já um prefeito regional deixou o cargo por motivos pessoais
Por: Redação
Publicado em 21.05.2018 | 16:53 | Alterado em 21.05.2018 | 16:53
No último sábado (19), o prefeito Bruno Covas informou, via publicação no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, a exoneração de três prefeitos regionais.
A dança das cadeiras inclui Roberto Arantes, que administrava Santo Amaro; Benedito Pereira, Sapopemba; e Paulo Victor Sapienza, Butantã.
Roberto Arantes, que atuou na Secretaria dos Transportes Metropolitanos (STM), comandava a Prefeitura Regional de Santo Amaro desde 2017. Com a saída da regional, ele assume a secretaria executiva da Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais.
Em entrevista ao 32xSP em março de 2017, Arantes disse que a avenida Jornalista Roberto Marinho, que já foi chamada de Água Espraiada, seria seu principal desafio para a região.
“Há um grande problema ali, um problema social que precisa da união de diversas áreas para que se resolva. Área de segurança, da assistência social, de varrição, o governo do Estado… A gente já vem fazendo a parte de zeladoria na via e planejando ações macro. Ali, nada pode ser feito sem planejamento”, afirmou.
Quem passa a chefiar a Prefeitura Regional de Santo Amaro é Janaina Lopes de Martini, que trabalhou na EMTU e na Secretaria Estadual de Gestão Pública.
Em Sapopemba, por motivos pessoais, Benedito Gonçalves Pereira deixa o cargo, que será ocupado pelo então prefeito regional do Butantã, Paulo Vítor Sapienza.
Em junho de 2017, Pereira disse ao 32xSP que “não existia espaço para crescer em Sapopemba”. Contador, advogado e historiador, Pereira afirmou que, apesar da extensão demográfica, a dificuldade de expansão acontecia devido as ocupações irregulares.
“Em 50 anos, teve um processo de ocupação desenfreado. Não sobraram terrenos. Hoje não dá para fazer um plano habitacional”, explicou, destacando a ausência de investimentos na área habitacional em Sapopemba.
Na ocasião, Pereira também salientou que a regional precisava do dobro em recursos para dar conta das demandas.
“Não tenho equipe de poda, por exemplo. Quando a situação de uma árvore é perigosa, chamo Eletropaulo. Quanto tem algum outro problema, chamo Vila Prudente”. Uma das metas de gestão seria contratar mais 50 funcionários. O quadro atual era composto por apenas 104.
Ao contrário de Benedito Pereira, Vitor Sapienza, também em entrevista concedida ao 32xSP, afirmou, em agosto de 2017, que os investimentos à região estavam longe de ser um dos mais baixos em relação às outras prefeituras: “Nosso orçamento é bastante compatível”.
Sapienza é advogado com especialização em direito e ciências políticas. Foi coordenador do SOS Criança no governo Mário Covas e diretor da divisão norte da Secretaria Estadual de Ação Social. Também exerceu o cargo de assessor parlamentar e foi chefe de gabinete na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
No Butantã Ricardo Aparecido Granja dos Santos, que foi um dos diretores da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), assume o posto deixado por Sapienza.
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http://32xsp.org.br/2018/02/09/reclamacoes-sobre-prefeitura-regional-do-butanta-aumentaram-34-em-2017/
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