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Alta em mortes por Covid-19 fica estável, mas Grande SP soma 45 mil novos casos

Pela primeira vez em cinco semanas, número de perdas por causa da Covid-19 fica abaixo de mil, mas alta em novos casos mantém alerta sobre doença

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Léu Britto/Agência Mural

Por: Paulo Talarico

Notícia

Publicado em 01.07.2020 | 12:46 | Alterado em 27.02.2024 | 16:22

RESUMO

Pela primeira vez em cinco semanas, número de perdas por causa da Covid-19 fica abaixo de mil, mas alta em novos casos mantém alerta sobre doença

Tempo de leitura: 3 min(s)

Pela primeira vez em cinco semanas, o número de vítimas pela Covid-19 na Grande São Paulo ficou abaixo de mil. Ao todo, foram 986 óbitos confirmados pelas 39 prefeituras da região metropolitana entre 23 e 30 de junho, de acordo com levantamento feito pela Agência Mural

As perdas desta semana podem indicar uma estabilidade, apesar do alto número de vidas em risco e famílias que têm sentido o impacto da pandemia. 

Nas duas últimas semanas, as 39 cidades da região registraram entre 1.200 e 1.300 perdas a cada sete dias. Desta vez, a alta de 9% foi menor do que o dos dias anteriores. 

Contudo, a situação ainda é preocupante. Em meio a nova flexibilização da quarentena, houve a confirmação de 45 mil novos casos de Covid-19. Agora são 214 mil, dos quais 151 mil estão concentrados na capital.

A alta de novos casos aqui trata apenas dos casos confirmados e informados pelas prefeituras. É um número que tende a ser maior, pois depende do número de testes realizados, o que tem sido feito apenas nos casos em que os sintomas avançam e os moradores procuram o serviço de saúde.

De todo modo, reforça a necessidade de que os cuidados sejam mantidos caso precise sair de casa, como o uso de máscaras e a higienização.  

A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, estima que há dez vezes mais pessoas que foram contagiadas pelo vírus. A subnotificação ainda é um problema. 

Além disso, ainda é preciso ver a gravidade dos novos casos ao longo das próximas semanas e o quanto podem sobrecarregar o sistema de saúde ou não. 

A retomada da economia nos últimos dias teve como uma das condições haver leitos disponíveis para o tratamento dos pacientes. Na capital, por exemplo, os leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) estão com pouco mais da metade ocupados. A ocupação é analisada semanalmente.


Atualmente, a capital e outras 14 cidades do ABC e da região Sudoeste (Cotia, Embu das Artes, Itapecerica) estão na fase amarela, que permite a reabertura de estabelecimentos como bares e restaurantes, seguindo algumas regras, a partir da próxima semana. 

No caso das cidades da região oeste, norte e do Alto Tietê, o governo do estado manteve essas regiões na fase laranja, mais restritiva, com a permissão apenas para shoppings e escritórios. No entanto, nas ruas a realidade tem sido a de reabertura geral dos comércios, mesmo nas cidades que não mudaram de fase

Uma dessas cidades que segue na fase laranja é Guarulhos, a segunda mais populosa com 1,3 milhão de habitantes, atrás apenas da capital. 

O município teve uma aceleração no número de novas vítimas para a Covid-19 e chegou a 650 mortos. A cidade se tornou a segunda com mais perdas, após ultrapassar Osasco, que agora registra 484.

As mortes apesar de registradas nos últimos sete dias podem ser de dias anteriores, tendo em vista a dificuldade de resultados dos exames. Os municípios registram mais de 5.000 óbitos ainda em investigação. 

Três regiões superaram a marca das mil mortes. No ABC, são 1.145, na região do Alto Tietê são 1.298 e na região Oeste são 1.071. Apesar disso, quando se leva em conta o número de habitantes, a área que tem os municípios de Osasco e Barueri tem uma taxa maior – são 56 óbitos para cada 100 mil moradores. 

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Paulo Talarico

Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.

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