Nome do PSDB teve mais votos em todas as zonas eleitorais da cidade, inclusive na periferia, mas houve divisão entre os demais concorrentes
Patrícia Cruz
Por: Lucas Veloso
Notícia
Publicado em 16.11.2020 | 17:45 | Alterado em 27.02.2024 | 17:30
O atual prefeito e candidato à reeleição Bruno Covas (PSDB) foi o mais votado das 58 zonas eleitorais de São Paulo no 1º turno. Porém, assim como o resultado geral da cidade, o tucano ficou com média de 30%, com o restante da votação dividida entre os demais candidatos, em especial Guilherme Boulos (PSOL), que também disputará o segundo turno.
A situação variou com o tucano tendo melhor desempenho no centro expandido, embora em nenhuma zona tenha alcançado mais da metade dos votos válidos. Covas teve a maior expressão no Jardim Paulista, com 44,5% e em Indianópolis, 44%.
Nas periferias, ele também liderou, mas numa parcial bem mais equilibrada. Em Cidade Tiradentes, na zona leste, 26% dos eleitores escolheram Covas. No Campo Limpo, zona sul, 30,39%. Na Brasilândia, zona norte, 30,74%, e em Pirituba, zona noroeste, 35,09%.
O mapa eleitoral mostra que depois do tucano, Guilherme Boulos (PSOL) aparece na segunda posição em 56 zonas, dividindo voto com os demais candidatos, mas à frente. As únicas exceções foram em Parelheiros e Grajaú, distritos da zona sul da capital, onde Jilmar Tatto (PT) foi o segundo mais votado.
Durante a campanha, houve questionamentos se o candidato teria adesão nas periferias ou se o PT manteria a posição nessas regiões.
Vale ressaltar também que a maior votação de Boulos também foi na zona oeste de São Paulo, na zona eleitoral de Pinheiros, onde obteve 31%.
No panorama da capital, Covas teve 32,86% e Boulos ficou com 20,24%. Os dois candidatos decidem no dia 29 de novembro quem será o novo prefeito da cidade pelos próximos quatro anos.
ELEIÇÃO NAS PERIFERIAS
A Agência Mural acompanhou a rotina de eleição nas periferias neste domingo. Entre as ocorrências, houve relatos de confusão em zonas eleitorais, filas e sujeira. Por outro lado, algumas cidades da Grande São Paulo também registraram calmaria.
Em Guaianases, zona leste da capital, por exemplo, alguns eleitores que costumavam votar na escola estadual Major Cosme de Faria ficaram sabendo, na hora, da mudança de local. A alteração foi uma das estratégias do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para evitar aglomeração e diminuir a quantidade de pessoas em algumas salas. Os eleitores então foram orientados a procurar uma sala onde tinham representantes do TRE (Tribunal Regional Eleitoral).
Filas grandes também foram observadas em outros lugares. Um exemplo foi na escola estadual Senador Paulo Egydio de Oliveira Carvalho, na Vila Maria, zona norte.
De maneira geral, a prática da boca de urna foi unanimidade em todos os locais de votação. A legislação eleitoral proíbe a realização de atividades de aliciamento de eleitores e quaisquer outras que tenham o objetivo de convencer o cidadão a votar em determinado candidato. Sem fiscalização, a prática seguiu até o fim do dia nos locais visitados pela Agência Mural.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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