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A mais populosa, Campo Limpo também lidera quantidade de favelas de SP

Composta pelos distritos de Campo Limpo, Vila Andrade e Capão Redondo, vivem na Subprefeitura do Campo Limpo cerca de 650 mil paulistanos

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Por: Redação

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Publicado em 29.08.2016 | 18:15 | Alterado em 10.03.2023 | 18:06

Tempo de leitura: 2 min(s)

Considerada a mais populosa de São Paulo, vivem na Subprefeitura do Campo Limpo, na zona sul da cidade, em torno de 650 mil pessoas, de acordo com a Coordenação de Subprefeituras. A região é também líder no número de residências em favelas no município, com 185 mil, segundo levantamento do Mapa da Desigualdade. São 120 vezes mais que na Sé e em Pinheiros, no centro expandido.

Composta pelos distritos de Campo Limpo, Vila Andrade e Capão Redondo, a Subprefeitura do Campo Limpo está localizada entre as subprefeituras do Butantã, Santo Amaro e os municípios de Itapecerica da Serra e Taboão da Serra.

O alto número de casas em favelas não é à toa. Dentro do distrito da Vila Andrade está Paraisópolis, maior favela de São Paulo de acordo com o último Censo do IBGE de 2010, com 42.826 habitantes.Essa estimativa, no entanto, é considerada imprecisa pela União de Moradores e Comércio de Paraisópolis, que calcula mais de 100 mil pessoas.

No Brasil, cerca de 12 milhões de pessoas moram em favelas, aponta o IBGE, ou seja, 6% da população do país.

Contrastes

Vizinhos, Paraisópolis e Morumbi, também pertencente ao distrito da Vila Andrade, escancara alguns dos principais contrastes sociais de São Paulo. A favela divide seus “muros” com o bairro considerado um dos dez mais ricos da cidade.

Uma das principais demandas de Paraisópolis é a criação de um hospital. Por lá, as mais de 25 mil famílias precisam se deslocar às unidades mais próximas, a maioria ao Hospital Municipal do Campo Limpo. Sobrecarregado, a unidade foi a número um em quantidade de reclamações dentre outros 17 hospitais municipais, segundo levantamento realizado pelo Fiquem Sabendo, entre 2013 e 2015.

“Em Paraisópolis, temos alguns postos de saúde e uma AMA [atendimento médico ambulatorial], mas eles não são suficientes para atender a quantidade de moradores”, afirma a dona de casa Maria Antonia dos Santos, 34.

De olho nas metas

Atualmente sob gestão do engenheiro Antonio Carlos Ganem, 59, a Subprefeitura do Campo Limpo tem um dos piores índices em relação às demandas atendidas de vagas em pré-escolas do município, com 14.336 matrículas efetuadas mais vagas solicitadas — 84,54% do total atendido.

O menor índice fica com Itaquera, na zona leste, com 99,9% das vagas atendidas, segundo o Mapa da Desigualdade.

Ao todo, são 26 projetos que podem ser monitorados dentro do Plano de Metas na região. Desse total, somente oito foram concluídos como a CAPS infantil (Centro de Atenção Psicossocial Infantil), inaugurada ainda em 2014, o CEI Jardim Maria Sampaio e o Ecoponto Olinda.

Ainda em andamento, estão projetos como a criação do CEU Piracuma, inserida dentro da meta 16, que pretende ampliar a Rede CEU em 20 unidades, expandindo a oferta de vagas para a educação infantil, e o Centro de Iniciação Esportiva.

Outros projetos sequer tiveram início, como a implantação de conexão wi-fi aberta na Praça João Tadeu Priolli, mais conhecida como Praça do Campo Limpo.

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