APOIE A AGÊNCIA MURAL

Colabore com o nosso jornalismo independente feito pelas e para as periferias.

OU

MANDE UM PIX qrcode

Escaneie o qr code ou use a Chave pix:

[email protected]

Agência de Jornalismo das periferias
32xSP

Imóveis da Brasilândia podem se valorizar até 30% com a chegada do metrô

A região contará com cinco estações da Linha 6 - Laranja.

Image

Por: Redação

Publicado em 30.08.2016 | 17:33 | Alterado em 30.08.2016 | 17:33

Tempo de leitura: 3 min(s)

Comprar um imóvel é um investimento a longo prazo e, dependendo da região escolhida, há fatores que podem influenciar na sua valorização ou desvalorização antes ou depois da escolha do empreendimento. Os distritos da Brasilândia e da Freguesia do Ó, pertencentes à subprefeitura Freguesia do Ó/ Brasilândia, por exemplo, receberão à médio prazo estruturas de transporte, como a Linha 6 Laranja do Metrô. Por conta disso, a tendência é que os imóveis se valorizem de 20% a 30%, segundo o Secovi (Sindicato da Habitação). No caminho oposto estão os distritos de Santa Cecília, no centro, e do Morumbi, na zona oeste, que sofreram desvalorização de 15% a 20% por conta da violência.

O empresário Ewerton Alencar, 28, se casou há oito meses com a psicóloga Alline Alencar, 28 e, desde 2011, planejavam sair da casa dos pais. Compraram um apartamento de 48m² na Feguesia do Ó por R$ 250 mil. Hoje, esse apartamento já vale R$ 320 mil. A escolha pelo bairro, que faz parte do distrito de mesmo nome, foi devido à proximidade com a família e pelo fácil acesso aos meios de transporte. As ruas, as casas desapropriadas e os tapumes indicam a proximidade das obras da linha 6 (laranja) do metrô, que ligará o bairro da Vila  Brasilândia ao metrô  São Joaquim, na linha 1 (azul).“A linha de metrô valoriza o bairro. A interligação às faculdades e ao centro de São Paulo trará comodidade aos nossos futuros filhos”, afirma Alencar. O bairro também dá acesso às marginais Pinheiros e Tietê, possui uma ciclofaixa e corredor de ônibus. Além da estrutura de transporte, há uma variedade de bares e pizzarias tradicionais, como O Frangó, A pizzaria Ciccarino, entre outros estabelecimentos.

Image

Ewerton e Alline Alencar, os novos moradores da Freguesia do Ó

Segundo Alencar, a região atende a todas as necessidades. Ele espera, porém, que com o crescimento do bairro haja uma melhora na segurança e saúde: “Ainda temos muitos assaltos. O atendimento nos hospitais públicos da região precisa ser ampliado. Estamos esperançosos com a chegada de um hospital”, diz.

Há vinte e dois anos, a enfermeira Dora Dilma da Mota Vilela, 51, decidiu comprar um apartamento de 42m² por R$ 85 mil, que hoje vale R$ 300 mil, com seu marido engenheiro civil, Edmilson Costa Vilela, 53, na Vila Brasilândia, bairro do distrito da Brasilândia. O preço acessível foi um atrativo na época e o empreendimento foi financiado em sete anos. Moraram por alguns anos e depois, em 2012, mudaram-se para a casa dos pais de Edmilson, pois estavam enfrentando problemas de saúde. Hoje continuam morando na Vila dos Remédios, zona oeste, e usam o apartamento como uma das fontes de renda. “Não estávamos colocando fé que o metrô [ linha 6 Laranja] chegaria até aqui. Quando vimos as casas sendo desapropriadas e os tapumes, passamos a acreditar e achamos mais viável alugá-lo”, diz a enfermeira, que também cogitou a venda. “Muita gente quer morar perto de transporte público,  mas não têm condições para adquirir imóvel, buscam pelo aluguel”, complementa.

A linha 6 Laranja do metrô terá cinco estações na região: Brasilândia, Vila Cardoso, Itaberaba, João Paulo I e Freguesia do Ó. A previsão de entrega é em 2020.

Desvalorização

No início do ano, a secretária Lilian Portante, 32, decidiu sair com o marido Rafael Portante, 32, analista de sistemas e a filha de três anos do Campo Limpo (zona sul), para um apartamento de 74m² custando R$ 430 mil no Morumbi, na zona oeste de São Paulo. A  proximidade com a família, mais opções de lazer, áreas verdes e segurança influenciaram na escolha do bairro, pertencente à subprefeitura do Campo Limpo. No entanto, o que esperava de segurança, encontrou uma rotina de violência e de moradores assustados.”Toda semana tem pelo menos três casos de assaltos por aqui”, disse. O clima de insegurança faz com que moradores monitorem, por meio do aplicativo WhatsApp, as ruas e avenidas com mais assaltos.”Vejo o que o pessoal posta nos grupos do aplicativo. Evito andar sozinha”, afirma.

Portante diz que no outro bairro sentia mais segurança no dia a dia, quando podia chegar até mais tarde em casa “Nunca me senti tão insegura como agora”, desabafa. Mesmo diante da situação, a secretária não quer se mudar, devido à boa infraestrutura que o bairro oferece. Ela espera mais investimento em segurança no local. “Gosto do bairro, acho ele charmoso e tem de tudo. Não quero me mudar. Cabe ao poder público cuidar da segurança”, ressalta.

*Foto Kelly Mantovani

receba o melhor da mural no seu e-mail

Redação

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias tem como missão minimizar as lacunas de informação e contribuir para a desconstrução de estereótipos sobre as periferias da Grande São Paulo.

Republique

A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.

Se você quer saber como republicar nosso conteúdo, seja ele texto, foto, arte, vídeo, áudio, no seu meio, escreva pra gente.

Envie uma mensagem para [email protected]

Reportar erro

Quer informar a nossa redação sobre algum erro nesta matéria? Preencha o formulário abaixo.

PUBLICIDADE