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Conselheiros da Mooca reclamam de falta de limpeza, terrenos baldios e pancadão

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Por: Redação

Publicado em 15.02.2017 | 14:59 | Alterado em 15.02.2017 | 14:59

Tempo de leitura: 2 min(s)

“A avenida Celso Garcia, que faz ligação da zona leste para o centro, está parecendo um queijo suíço, cheia de buraco, uma calamidade”, com um microfone em punho, reclamou Rogério Lima, 31, conselheiro participativo do distrito do Brás. A reclamação de Lima aconteceu na última terça-feira (14), no auditório do Sesi, localizado no estacionamento da Prefeitura Regional da Mooca, zona leste da capital, durante a reunião do Conselho Participativo da Mooca.

No encontro, conselheiros e moradores puderam expor as demandas da região na qual vivem quase 350 mil pessoas, formada por seis distritos: Água Rasa, Belém, Brás, Mooca, Pari e Tatuapé. Com presença confirmada, o prefeito regional, Paulo Sergio Criscuolo, no entanto, não compareceu à reunião por “problemas emergenciais”, afirmaram os conselheiros.

Uma das principais queixas foi em relação às ruas esburacadas e ao lixo nas vias. Lima agradeceu a limpeza do canteiro central da avenida Carlos de Campos, no Pari. Segundo ele, o mato alto chegava a um metro de altura.

De acordo com o conselheiro, embora seja necessária mais limpeza pública no bairro, é preciso saber como educar as pessoas sobre o problema. “Quando se fala em limpeza pública, precisamos entender como conscientizar o morador, nem que seja no boca a boca”, propôs Lima.

A mesma reclamação foi destacada por um dos conselheiros do Brás, que diz conviver também com constantes buracos nas ruas. Estes, inclusive, chegam a “quebrar a suspensão dos carros” por conta da enorme quantidade de entulhos nas vias do bairro.

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Rafael Arante, coordenador do Conselho Participativo da Mooca, fala durante reunião

Terrenos abandonados, a falta de equipamentos esportivos nas praças e os “pancadões” foram levados à reunião Víctor Guerreiro, 29, conselheiro da Mooca. “Existem muitas praças para idosos que precisam de equipamentos na Água Rasa. Já na Mooca, estamos numa luta contra o pancadão”, disse.

Segundo ele, porém, mais do que acabar com as festas noturnas, é necessário fornecer alternativas para a questão. “As pessoas têm o direito de dormir, depois de uma certa hora. Só temo que ocorra uma abordagem violenta, sem dar oportunidade [aos frequentadores dos ‘pancadões’, porque pode apenas ‘empurrar’ e não resolver o problema. É preciso uma abordagem que forneça alternativas”, destacou.

Conhecidos como “pancadões universitários”, outros moradores reclamaram das festas na noite de ontem. Segundo eles, além do volume alto, também contam com drogas e falta de policiamento, embora as reclamações sejam por parte dos moradores vizinhos. Sonia Gnestein, 65, que vive em um prédio na rua Bresser, próximo à Universidade São Judas Tadeu, e revelou que há meses não consegue dormir direito. “Não mereço passar minha velhice assim.

O coordenador do Conselho Participativo da Mooca, Rafael Arantes, aproveitou o momento para mostrar um áudio do WhatsApp enviado pelo deputado estadual Coronel Camilo (PSD), que explicou como uma lei proposta por ele prevê a proibição das festas em todo o estado de São Paulo.

A Lei 16.049, sancionada em 2015 pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), também é de autoria do Coronel Telhada, deputado estadual e ex-comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar).

Fotos: Yara Falconi

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