Na última semana, 1.347 pessoas morreram na Grande São Paulo no dia em que o país chega a nova marca trágica. Situação dos hospitais ainda preocupa. Use máscara!
Jair Campos/Arquivo Pessoal
Por: Paulo Talarico
Notícia
Publicado em 19.06.2021 | 15:51 | Alterado em 23.06.2021 | 11:57
Parece que chegamos longe, mas ainda não acabou. Neste sábado (19), o Brasil chegou à trágica marca de 500 mil vidas perdidas por causa da Covid-19.
No mesmo dia, atos contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foram registrados por todo Brasil e na Grande São Paulo.
Enquanto a expectativa pela vacinação aumenta com a antecipação das datas e a previsão de todos os adultos imunizados até setembro em São Paulo, a situação ainda é delicada.
Com a lotação dos hospitais e o atual número de perdas, a necessidade de medidas como o uso de máscaras seguem necessárias.
Do meio milhão de casos fatais da doença, a região metropolitana concentra quase 60 mil. Só na última semana, 1.347 pessoas não resistiram ao coronavírus nas 39 cidades da Grande São Paulo.
Os dados são entre 11 de junho e 17 de junho, mostra Panorama da Covid-19, página da Agência Mural que acompanha semanalmente os dados da pandemia.
Para se ter uma ideia, a semana em que houve menos vítimas desde o início da pandemia foi em 11 de dezembro, quando 145 pessoas morreram em uma semana. Desde então, as perdas chegaram a quase 3 mil em sete dias entre março e abril, quando foi decretada a fase emergencial do Plano SP.
As medidas reduziram o total, mas não permitiram uma estabilização. Os hospitais seguem com taxa de ocupação perto de 80%, sendo que por semanas não houve a redução da ocupação, mesmo com a entrega de novas vagas pela Prefeitura de São Paulo em maio.
MORTES NA GRANDE SP
Ao levar em conta cada cidade da região, os municípios de Guarulhos, Santo André, Osasco e São Bernardo do Campo tiveram mais vítimas, todos acima de 2.000. Os guarulhenses recentemente chegaram a ultrapassar 4.000 perdas.
Por outro lado, as cidades que tiveram mais perdas proporcionalmente, com destaque para São Caetano do Sul, Barueri e Arujá.
MORTES NA CAPITAL POR REGIÃO
Distritos das periferias da capital foram os que mais registraram mortes, caso de Sapopemba, Grajaú e Brasilândia. No mapa da cidade a taxa por 100 mil habitantes mostra que zona leste e zona norte tiveram bairros proporcionalmente mais afetados.
Sobre a vacinação, embora a expectativa seja de avanço e filas se formando em busca da xepa, a distribuição dos imunizantes ainda não decolou. Há cidades como Rio Grande da Serra onde apenas 16% da população tomou pelo menos uma dose da vacina.
Na capital, 34% da população recebeu a primeira dose, mas menos da metade voltaram para receber a segunda vacina.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
A Agência Mural de Jornalismo das Periferias, uma organização sem fins lucrativos, tem como missão reduzir as lacunas de informação sobre as periferias da Grande São Paulo. Portanto queremos que nossas reportagens alcancem outras e novas audiências.
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