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Desigualdade cicloviária acompanha as diferenças socioeconômicas da capital

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Por: Redação

Publicado em 14.12.2016 | 12:44 | Alterado em 14.12.2016 | 12:44

Tempo de leitura: 2 min(s)

Seja pelo simples prazer de pedalar ou até por uma necessidade, o uso de bicicletas tem ganhado cada dia mais adeptos em São Paulo, embora a malha cicloviária seja menor nas regiões periféricas e maior nas regiões centrais. É o que aponta dados fornecidos pela CET (Companhia de Engenharia de Trafego).

A subprefeitura da Cidade Ademar, situada na zona sul, é a menor, com 1,1 km de via destinada aos ciclistas. Enquanto isso, a região da Sé, que abrange todos os bairros centrais, possui 45,4 km de malha cicloviária. O projeto das ciclovias faz parte do Plano de Metas 97 da Prefeitura.

Para Roberson Santos, 38, morador do Jardim Helena, bairro onde se concentra o maior número de ciclistas e 11,9 km implementadas de ciclovias, ainda há muito o que se fazer. “Primeiro ponto é que a bicicleta economiza muito para nós moradores, que muitas vezes somos de baixa renda. Seja para comprar um pão na padaria mais próxima de casa, até fazer compras no supermercado no centro do bairro, ou ir buscar um remédio. Segundo que a demanda aqui já existe, nós usamos a bicicleta com freqüência e com as ciclovias e ciclofaixas instaladas teremos uma melhor segurança”.

Apesar das ciclovias serem ocupadas por milhares de ciclistas diariamente, a falta de bicicletários públicos, o excesso de desníveis, buracos e até problemas de sinalização estão como as principais queixas entre os usuários e também entre aqueles que decidiram trocar o transporte coletivo e até mesmo o carro próprio pelas duas rodas.

“O asfalto da cidade é péssimo. Há trechos que estão em condições muito ruins. Um exemplo é a avenida Celso Garcia, na parte próxima ao Parque Dom Pedro, no centro.  Tem o asfalto destruído em vários pontos, o que é muito perigoso para pessoas, por exemplo, que não tem muita habilidade em pedalar. Há árvores mal podadas que invadem a ciclovia e atrapalham o percurso também”, afirma o estudante de jornalismo e ciclista Felipe Paciullo, 27, morador da Penha.

Além da comodidade, economia e sensação de bem-estar ao condicionamento físico, a magrela tornou-se a companheira de muitos cidadãos na rotina de ida e volta o trabalho.

“A iniciativa das ciclovias facilitou e muito, principalmente para quem queria utilizar a bicicleta na cidade e tinha medo da rua. O número de ciclistas nas ruas vem aumentando mês a mês. Eu acho que as conexões precisam ser melhoradas, principalmente na periferia”, diz o presidente da associação Bike Anjo, Marcos Jana, 38, que se utiliza da bicicleta como meio de locomoção de sua casa para o trabalho.

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