Em uma votação fora de época, o candidato Guto Volpi (PL) foi eleito prefeito neste domingo (11) na cidade de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo. Filho do ex-prefeito Clóvis Volpi (PL), Guto já governava a cidade interinamente e teve a vitória confirmada com 38,54% dos votos – pouco mais de 20 mil eleitores o escolheram.
Guto ficou à frente de Gabriel Roncon (Cidadania), que recebeu 31,69% dos votos, e Amigão Dorto (PSB), com 26,73%. Carlos Sacomani (PMB) e Agnello (MDB) tiveram menos de 2% dos votos.
Localizada no ABC Paulista, Ribeirão Pires teve uma nova votação porque o prefeito eleito em 2020, Clóvis Volpi (PL), teve a candidatura julgada irregular pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O processo tramitava desde outubro do ano passado, e o TCE (Tribunal de Contas do Estado) reprovou as contas de 2012, pelo déficit orçamentário administrativo.
Contudo, em 2021, o filho de Clóvis foi eleito presidente da Câmara de Vereadores, o que manteve a gestão municipal sob o mesmo grupo político.
Entre os desafios da nova gestão está incentivar o turismo local e melhorar os serviços de saúde, apontam moradores do município ouvidos pela Agência Mural.
Ribeirão é considerada uma estância turística e possui mais de 113 mil habitantes. Porém, moradores, apontam falta de investimentos no turismo local.
Sobre a saúde, moradores indicam a necessidade de ir a cidades vizinhas para conseguir atendimento.
Antes da eleição, a assessoria de Guto afirmou que a prioridade será garantir cerca de R$ 150 milhões em investimentos e seguir com as obras em andamento, como o Hospital Santa Luzia, a UBS (Unidade Básica de Saúde) do Parque Aliança, a revitalização de dois mirantes e da Vila do Doce, além do programa de pavimentação “Asfalto Novo”, que contempla 80 ruas em 20 bairros.
Candidatura questionada
A votação foi acirrada entre os dois primeiros colocados em uma campanha marcada por uma polêmica em torno da candidatura de Gabriel Roncon.
Ex-vice-prefeito durante a gestão de Kiko Teixeira (PSDB), Roncon disputou a eleição pelo Cidadania. No entanto, a candidatura foi questionada por Kiko, que alegou que a convenção foi irregular. Hoje, PSDB e Cidadania fazem parte de uma federação e, em tese, os dois partidos precisariam aceitar a candidatura, o que não teria ocorrido.
O argumento foi aceito pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) que rejeitou a postulação de Roncon. O candidato recorreu à última instância, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Os votos dados a ele foram considerados nulos provisoriamente.