Santana de Parnaíba registra maior crescimento em número de pessoas aptas a votar, mostram dados da Justiça Eleitoral
Paulo Talarico/Agência Mural
Por: Paulo Talarico
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Publicado em 23.07.2024 | 11:49 | Alterado em 09.09.2024 | 11:28
As 39 cidades da Grande São Paulo ganharam 672 mil novos eleitores nos últimos quatro anos e, nas eleições 2024, serão 16,5 milhões de pessoas aptas a eleger prefeitos e vereadores. Apesar disso, 11 cidades tiveram redução no número de votantes comparando com a votação de 2020.
É o que mostram os dados do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) compilados pela Agência Mural. Na sexta-feira (19), foram divulgados os números oficiais sobre o perfil do eleitorado, com os dados sobre gênero e idades dos moradores que podem votar em cada uma das cidades.
A maior parte dos eleitores está na cidade de São Paulo, onde o número saltou de 8,9 milhões para 9,3 milhões. No entanto, o crescimento foi de 3%, diferente de cidades vizinhas que registraram altas mais expressivas.
Cinco cidades vizinhas que ficam na região oeste e sudoeste da Grande São Paulo foram as que mais aumentaram o número de habitantes com direito ao voto. Santana de Parnaíba, na região oeste, por exemplo, teve alta de 17%, saindo de 92 mil em 2020 para 107 mil eleitores este ano.
O aumento no número de eleitores pode estar ligado a pessoas que se mudaram para as cidades e aos novos jovens eleitores que tiraram o título de eleitor pela primeira vez.
Em Barueri, foram 36 mil eleitores a mais, crescimento de 14% e um total de 294 mil. O número de pessoas aptas a votar chama a atenção, pois representa 94% dos habitantes da cidade.
A pequena Pirapora do Bom Jesus cresceu 11%, mesmo patamar de Vargem Grande Paulista, 10,8% e Cotia, 10,1%, que seguem como os municípios que aumentaram o número de votantes.
Além disso, com as mudanças, há agora 14 cidades com mais de 200 mil eleitores, com possibilidade de segundo turno, com a entrada de Embu das Artes.
Por outro lado, 11 municípios perderam eleitores nesses quatro anos, que pode estar ligado tanto a pessoas que deixaram o município ou mesmo a falecimentos nos últimos anos. Em Taboão da Serra, por exemplo, são 5 mil pessoas a menos aptas a votar do que em 2020. Também perderam eleitores: São Lourenço da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Juquitiba, Santa Isabel, Salesópolis, Embu-Guaçu, Rio Grande da Serra, Poá, Jandira e Ribeirão Pires.
O número de eleitores com 16 e 17 anos chegou a 67 mil na Grande São Paulo, e representa apenas 0,4% dos 16 milhões de moradores cadastrados para votar. Entre aqueles que têm até 24 anos, essa taxa chega a 11%.
As cidades com maior eleitorado jovem são Pirapora do Bom Jesus, com 16% dos moradores aptos a votar com até 24 anos, seguido de Embu Guaçu, com 14%. Na capital, perto de 1 milhão de eleitores estão nessa faixa de idade, o que representa 10%.
Quanto ao gênero, as mulheres representam 53% do eleitorado e são maioria em 36 das 39 cidades – ficam atrás apenas em Salesópolis e Biritiba Mirim, no Alto Tietê, e Juquitiba, na região Sudoeste. Barueri é a cidade com maior eleitorado feminino, com 54,7%.
Sobre cor e raça, não é possível fazer um perfil por município, pois 15 milhões dos 16 milhões de eleitores não possui essa característica informada.
Diretor de Treinamento e Dados e cofundador, faz parte da Agência Mural desde 2011. É também formado em História pela USP, tem pós-graduação em jornalismo esportivo e curso técnico em locução para rádio e TV.
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