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Em 6 dias, mortes por covid-19 avançam até 30% em distritos da zona sul de SP

Sacomã passou de 92 para 120 mortes confirmadas ou suspeitas pelo novo coronavírus; casos também cresceram 18% na Brasilândia e em Sapopemba

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Por: Redação

Publicado em 27.05.2020 | 17:10 | Alterado em 27.05.2020 | 17:10

Tempo de leitura: 3 min(s)
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Jardim Celeste, bairro do distrito do Jardim São Luís, na zona sul (Crédito: Léu Britto | @fotovielas)

Entre os dias 14 e 20 de maio, a cidade de São Paulo registrou um crescimento de 16,8% no número de mortes pelo novo coronavírus. Em alguns distritos, o índice foi ainda maior, como é o caso do Sacomã, na zona sul, que teve um aumento de 30% nos casos fatais: de 92 para 120 na última semana. Esse número inclui tanto as mortes confirmadas quanto as suspeitas pela doença.

Os dados, divulgados pela Prefeitura de São Paulo, consideraram 6.505 dos 6.671 óbitos na cidade até a última quarta-feira (20). Os dois distritos com mais mortes continuam sendo a Brasilândia, na zona norte, e Sapopemba, na zona leste — que também lideraram o balanço anterior.

Em seis dias, os dois distritos tiveram um crescimento de aproximadamente 18% no número de óbitos: de 156 para 185 na Brasilândia, e de 152 para 179 em Sapopemba. Veja na lista e no mapa abaixo!

LEIA MAIS:
– Periferias de São Paulo continuam a liderar número de mortes por covid-19
– Zona leste de SP teme novas infecções pela covid-19 e cobra hospital de campanha

O terceiro distrito mais afetado na capital paulista é o Grajaú, também na zona sul, que ultrapassou o número de mortes do Capão Redondo. Desde o primeiro balanço da Prefeitura (em 11 de março), até o dia 14 deste mês, eram 125 mortes pelo novo coronavírus na região.

Na última semana, 24 moradores faleceram, totalizando agora 149 óbitos (19% a mais). O Grajaú também é o distrito mais populoso de São Paulo, com aproximadamente 360.787 habitantes.

No Capão Redondo, foram 126 casos fatais registrados no boletim anterior da prefeitura; agora são 141 (15 mortes a mais no período de seis dias, representando um aumento de quase 12%). Por lá vivem 268.729 pessoas.

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Jardim Damasceno, na Brasilândia, zona norte de São Paulo (Ira Romão/32xSP)

DISTRITOS COM MAIS MORTES (CONFIRMADAS + SUSPEITAS) POR COVID-19

1º – Brasilândia (zona norte) – 185 óbitos | aumento de 18,5%
2º – Sapopemba (zona leste) – 179 óbitos | aumento de 17,7%
3º – Grajaú (zona sul) – 149 óbitos | aumento de 19,2%
4º – Capão Redondo (zona sul) – 141 óbitos | aumento de 11,9%
5º – Jardim São Luís (zona sul) – 140 óbitos | aumento de 18,6%
6º – Jardim Ângela (zona sul) – 130 óbitos | aumento de 22,6%
6º – Tremembé (zona norte) – 130 óbitos | aumento de 28,7%
7º – Cidade Ademar (zona sul) – 128 óbitos | aumento de 26,7%
8º – Cachoeirinha (zona norte) – 126 óbitos | aumento de 9,5%
9º – Itaquera (zona leste) – 124 óbitos | aumento de 12,7%
10º – Sacomã (zona sul) – 120 óbitos | aumento de 30,7%

Na contramão, os distritos com menos registros de óbitos são Marsilac (5) e Jaguara (9), que ficam nos extremos da cidade, e Barra Funda (12), Socorro (16) e Sé (18). Estes são alguns dos distritos menos populosos da cidade, a exemplo de Marsilac, com 8.258 habitantes, Barra Funda, com 14.383, e Jaguara, com 24.895.

DISTRITOS COM MENOS MORTES (CONFIRMADAS + SUSPEITAS) POR COVID-19

Marsilac (zona sul) – 5 óbitos | aumento de 25%
Jaguara (zona oeste) – 9 óbitos | aumento de 12,5%
Barra Funda (zona oeste) – 12 óbitos | aumento de 20%
Socorro (zona sul) – 16 óbitos | aumento de 14,2%
Sé (centro) – 18 óbitos | aumento de 28,5%
Pari (centro) – 19 óbitos | aumento de 5,5%
Vila Leopoldina (zona oeste) – 19 óbitos | aumento de 55,5%
Butantã (zona oeste) – 21 óbitos | aumento de 61,5%
Morumbi (zona sul) – 23 óbitos | aumento de 15%
Bom Retiro (centro) – 25 óbitos | aumento de 13,6%

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Todos os 96 distritos de São Paulo registram, ao menos, uma morte confirmada por covid-19 (Reprodução/Prefeitura de São Paulo)

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