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Em cinco anos, o número de favelas quadruplicou na Vila Guilherme

A quantidade passou de 94, em 2010, para 406, em 2015

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Por: Redação

Publicado em 27.09.2016 | 14:26 | Alterado em 27.09.2016 | 14:26

Tempo de leitura: 2 min(s)

De acordo com o Observatório Cidadão, o distrito da Vila Guilherme viu o seu número de favelas quadruplicar nos últimos cinco anos, passando de 94, em 2010, para 406, em 2015. As favelas do Jardim Coruja e Comunidade Sallus são as mais conhecidas da região e lá, residem cerca de 700 famílias.

Para o presidente da Associação Reivindicativa e Assistencial da Vila Medeiros (Assoravim) e membro do Conselheiro Participativo Municipal da Subprefeitura da Vila Maria e Vila Guilherme, Edson Tadeu Marim, 50, “o grande número de pessoas vivendo em favelas é uma comprovação da falta de políticas públicas que atendam às demandas sociais”.

Além do crescimento das favelas, podemos destacar a verticalização destes espaços, onde novas casas são construídas, uma sobre as outras, em cima de lajes, que servem para abrigar filhos do proprietário do imóvel, ou até mesmo, para alugar.

Este é caso de Izilda Amaral dos Santos, 72, moradora da Favela do Violão há mais de 30 anos. “Hoje minha casa abriga meus filhos, netos e dois bisnetos. Tive que aumentar os cômodos, e construir mais quartos”, conta.

Pertencente ao distrito da Vila Medeiros, a Favela do Violão juntamente com as comunidades do Cingapura, Casinhas, Murão, Guançã, Tenente e Fernão Dias abrigam aproximadamente 900 famílias, entre os bairros do Jardim Brasil, Vila Sabrina, Parque Novo Mundo, Parque Edu Chaves, Vila Medeiros.

Para a moradora e líder comunitária do Jardim Brasil, Rosana Martins Vieira, 45, “estes problemas são acompanhados da ausência de infraestrutura e de serviços públicos na região, como a distribuição de água, rede de esgoto, energia elétrica, pavimentação, entre outros”.

Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a população brasileira que mora em favelas ou outros assentamentos irregulares, classificados como “aglomerados subnormais”, passou de 6,5 milhões para 11,4 milhões, entre os anos de 2000 a 2010. Um aumento de 75%.

A proporção de brasileiros vivendo em habitações inadequadas passou de 3,5% para 6% da população. Estes dados retratam o problema social enfrentado em nosso país, pois tais moradias constituem-se a partir de contradições econômicas, históricas e sociais, o que resulta na formação de casas sem planejamento mínimo, oriundas de invasões e ocupações irregulares. Principal metrópole do país, a cidade de São Paulo, possui 11% de sua população residindo em cortiços e demais residências, classificadas como “submoradias”.

Foto: Eduardo Micheletto

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