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Em luta por UBS, moradores colhem assinaturas contra albergue na Vila Ipojuca

Prefeitura está planejando utilizar a área para implantar um CTA (Centro Temporário de Acolhimento) no local

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Por: Redação

Publicado em 19.06.2017 | 4:54 | Alterado em 19.06.2017 | 4:54

Tempo de leitura: 3 min(s)

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Mais de 25 pessoas, preocupadas ou com dúvidas, enfrentaram a chuvosa noite do último dia 5 de junho para conversar sobre o futuro do desativado CDC (Clube da Comunidade) da Vila Ipojuca, na zona oeste de São Paulo.

A história de que a prefeitura está planejando utilizar a área para implantar um CTA (Centro Temporário de Acolhimento) não caiu bem para alguns moradores e a Assavi (Associação Amigos do Bairro da Vila Ipojuca), que há anos se mobiliza para a construção de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) para o local, organizou um abaixo-assinado contra essa proposta.

O agente de relacionamento Roberto Galdi, 74, um dos moradores presentes no encontro realizado na sede da Assavi, está pronto para mobilização. “Não vamos desistir da UBS, não vamos permitir que seja feito um albergue lá. Já temos o projeto pronto, só falta fazer a licitação, prometida na gestão passada. Agora, alegam que não há verba”.

Segundo os moradores, o prefeito João Doria (PSDB) mencionou a construção do CTA no local após uma visita surpresa no mês passado. Levando em consideração as demandas do embate por meio dos índices, na região administrada pela Prefeitura Regional da Lapa, em 2015, foram registradas 10 unidades básicas de atendimento em saúde para uma população de quase 320 mil moradores, de acordo com dados do Observatório Cidadão, da Rede Nossa São Paulo. Equivalente a 0,31% para região e considerado abaixo da média na cidade.

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Placa anuncia construção de equipamento de saúde ao lado de CEI – foto Cleber Arruda

Contudo, o número de moradores em situação de rua (de 0,14% da sua população), apenas no distrito da Lapa, também em 2015, é considerado acima da média no ranking de comparação da cidade.

A favor da UBS, a atriz Flordinice Pinheiro, 50, fez uma caminhada pelo bairro para colher as assinaturas e explicar a situação da mobilização para os vizinhos. Para ela, é preciso um projeto mais elaborado para atender a demanda dos moradores em situação de rua. “Não sou contra um CTA. Sou a favor que exista um lugar para essas que pessoas, que necessitam de cuidado especial, tenham um tratamento específico; não sejam retirados de onde estão e sejam colocadas aqui, formando uma cracolândia”.

O terreno da CDC, localizado na rua Sepetiba, 660, fica ao lado da CEI Jamir Dagir, e próximo da EMEI Ana Maria Popovic e da Biblioteca Infanto Juvenil Clarice Lispector. De acordo com o abaixo-assinado, o projeto do CTA deve ferir o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) por conta do grande número de escolas das redes pública e particular no entorno.

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Até a reunião haviam sido coletadas cerca de 2.800 assinaturas e mais de 700 pelo site Avaaz. No fim de maio, a prefeitura colocou uma placa no local informando: “Destina-se à Construção de Equipamento de Saúde”.

Na página oficial do Facebook da prefeitura regional da Lapa, há uma nota de esclarecimento do prefeito regional da Lapa, Carlos Fernandes, sobre o CDC e a dúvida sobre a implantação do CTA. “Não há de fato nenhum projeto proposto para a área. Não vejo problema algum em oferecer esse serviço na nossa região, mas conversei esta semana com a Secretaria de Assistência Social e fui informado que não existe nada em andamento. Não há ainda nada projetado também na Secretaria de Saúde, órgão dono do equipamento”, diz a nota. Leia a íntegra.

Procurada, a Secretaria Municipal de Saúde informou por e-mail que a Coordenadoria Regional de Saúde Oeste ainda está em definição sobre qual o serviço será implantado no terreno localizado na rua Sepetiba. “Agora o local está sob a posse da pasta e está sendo elaborado um estudo técnico das necessidades do território para definir qual serviço será implementado”, diz a nota.

Foto: Cleber Arruda

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